Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

O mercado do feijão em agosto tem se mantido em níveis semelhantes ao das semanas anteriores. Há negócios apenas pontuais para fluxo de caixa. Vlamir Brandalizze pontua que, de acordo com produtores, a saca do feijão tem que ficar em torno dos R$250 reais para que o custo de produção seja coberto. Neste momento os preços para o carioca giram em torno de R$250.

O mês de agosto trouxe consigo um movimento mais intenso de reposições do arroz no varejo. Com isso, a fluidez no mercado foi maior, porém os varejistas seguem resistentes em reajustar os preços, o que tem prejudicado os arrozeiros. Vlamir Brandalizze comenta esse cenário e chama a atenção para o plantio da próxima safra. O prejuízo de R$20 por saca e o desenvolvimento tímido das cotações faz com que produtores repensem a permanência na cultura para o próximo ciclo. A indecisão pode atrasar os trabalhos pensando na safra seguinte.

Produtores de trigo de todo o mundo estão atentos ao encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin para saber se haverá um novo acordo comercial entre os líderes. Vale lembrar que Rússia e Estados Unidos são os dois maiores produtores do cereal no mundo e uma reaproximação entre as duas nações, pelo menos nesse setor, pode influenciar diretamente no mercado. De acordo com Vlamir Brandalizze, há a possibilidade de um movimento de baixa para o trigo, principalmente se a produção russa voltar a circular com menores restrições.

Os preços do milho seguem sendo negociados em patamares muito parecidos com aqueles verificados ao longo das últimas semanas. O valor da saca gira entre R$63 e R$66. Produtores esperam por novas altas para intensificar as vendas. Vlamir Brandalizze chama a atenção para o plantio da próxima safra, cujos trabalhos já foram iniciados. Ele destaca que a queda na área plantada pode ser de até 20% em razão do uso desses espaços para a soja.

O mercado das commodities agrícolas se volta, ao final da segunda semana de agosto, para a reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, que pode definir rumos importantes para o setor de grãos e fertilizantes. No Brasil, os embarques seguem em bons níveis, com a possibilidade de fechar o mês em oito milhões de toneladas. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, também chama a atenção para os negócios envolvendo a safra nova. Até o momento há pouco retorno e os produtores esperam por preços melhores.

A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) negou, de forma preliminar, aplicar o direito antidumping provisório sobre as exportações de leite em pó da Argentina e do Uruguai para o Brasil. A investigação sobre possível dano aos pecuaristas brasileiros foi aberta no fim do ano passado a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) após movimento de aumento nas importações do produto de países do Mercosul.Rafael Mendonça, direto da redação, tem mais informações.

O frio intenso em diversas regiões do Brasil trouxe impactos diretos para os cafezais do país. O Cerrado Mineiro foi o local mais afetado. Dona de uma das principais produções brasileiras, a região se viu diante de lavouras cobertas pela geada e impedidas de se desenvolverem conforme o esperado. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, chama a atenção para as estimativas de perdas, que podem chegar a um milhão e meio de sacas. Sendo assim, a produção no Cerrado para 2025, projetada de 6 milhões de sacas, pode cair para 4 milhões e meio.

A segunda semana completa de agosto ficou marcada por queda nas temperaturas e pela incidência de geadas em alguns polos produtores de café do Brasil. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, analisa os impactos desse fenômeno nas lavouras cafeeiras e como essa situação refletiu no mercado internacional.

O mês de julho foi marcado por oscilações nos preços do feijão, com predominância de quedas na maioria das regiões acompanhadas pelo Indicador Cepea/CNA. Apesar da boa qualidade de alguns lotes, o avanço da colheita da terceira safra e a oferta acumulada da temporada 2024/25 mantiveram o mercado abastecido, o que pressionou os valores mesmo para os grãos com melhor coloração.Em entrevista ao jornalista Estevão Damázio, o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, destacou que o mercado de feijão enfrentou dificuldades para reagir de forma mais sólida ao longo do mês. Vamos acompanhar.

Minas Gerais tem uma lei que define diretrizes para o Estado enfrentar os efeitos da baixa umidade do ar. O texto aprovado pela Assembleia Legislativa estabelece ações voltadas para prevenção e mitigação dos problemas causados à saúde pelo ar seco. A norma está em vigor no Estado. Flávio Júnior tem mais informações direto da Rádio Assembleia.

Nove bezerros nascidos a mais a cada 200 vacas. Esse é o resultado do uso de um novo indutor de ovulação desenvolvido pela Embrapa Rondônia que foi testado em mais de 1.500 vacas com a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O indutor, que recebeu o nome de Promov, aumentou em até 9% a taxa de prenhez das vacas.Nos testes, a equipe de pesquisadores identificou uma taxa média de prenhez de 62% com a aplicação do Promov, contra 56% obtido com produtos convencionais da IATF. O novo insumo é resultado da combinação de dois hormônios já amplamente utilizados na reprodução bovina.Rafael Mendonça, direto da redação, tem mais informações.

Preços estáveis no mercado bovino nesta quinta, 15 de agosto: mesmo com escalas curtas, entre 5 e 12 dias, os frigoríficos que estiveram ativos nas compras negociaram nos mesmos valores dos dias anteriores. Alguns pecuaristas, no entanto, recusaram novos negócios nos mesmos valores. Na prática, uma parcela tanto dos compradores quanto dos vendedores esteve retraída, aguardando para negociar na penúltima semana de agosto. No atacado, o preço da carne também estabilizou, após 2,5 semanas em alta. A carcaça casada do boi registrou média à vista de R$ 21,74/kg, conforme as informações do Cepea.Vamos saber mais com Ariane Sbravatti da equipe de estudos do Cepea.

Francys de Oliveira recebeu no PodCast Rural três convidados para falar sobre um tema fundamental para quem produz alimentos de origem animal: o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, o conhecido SISBI-POA. A prosa foi com a analista do SEBRAE Minas, Érika Letícia Maciel Martins, e dois representantes do CISPAR, Pedro Pinheiro e Maria Clara.Você sabe exatamente o que é o SISBI? Por que ele é tão importante para quem trabalha com queijo, carne, mel, ovos, leite ou embutidos? E de que forma ele pode abrir novas oportunidades de comercialização, permitindo que seus produtos cheguem a mercados de todo o Brasil?A Érika Martins, do SEBRAE, trouxe a visão do empreendedor rural; e o Pedro Pinheiro e a Mara Clara, representantes do CISPAR, instituição que atua diretamente na gestão do SISBI no Noroeste e Alto Paranaíba em Minas Gerais, explicaram o que é o CISPAR e o SISBI e sua importância.

O governo editou uma medida provisória para mitigar os efeitos da tarifa de 50% imposta pelos EUA a produtos brasileiros. O pacote prevê R$ 30 bilhões em crédito com juros baixos, isenção e adiamento de tributos, além de compras públicas de alimentos que deixarão de ser exportados. Também inclui incentivos via Reintegra e seguros contra inadimplência. O líder do governo no Senado em exercício, senador Rogério Carvalho (PT-SE), defendeu a medida como proteção emergencial ao setor produtivo. Já a oposição classificou a iniciativa como paliativa e cobrou negociação direta com os EUA. A MP será analisada por uma comissão mista no Congresso Nacional. Acompanhe a reportagem de Hérica Cristian.

De acordo com dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, a captação formal de leite no Brasil atingiu 6,5 bilhões de litros no segundo trimestre de 2025, um aumento de 9,3% na média trimestral em relação ao mesmo período de 2024. O resultado chama atenção já que, historicamente, o segundo trimestre coincide com a entressafra e tende a registrar retração na produção. Apesar do aumento ter sido modesto (0,1%), esta foi a primeira vez, desde o início da série histórica, que o segundo trimestre apresentou crescimento frente ao anterior. Rafael Mendonça traz mais detalhes direto da redação.

De acordo com a equipe de estudos “Boi Cepea”, o mercado do boi se apresentou um pouco mais travado em algumas praças. Em SP, as vendas se concentraram entre R$ 305 e R$ 310, com algumas a R$ 315. As escalas são principalmente entre 5 e 12 dias. Frigoríficos, que já ajustaram o preço nesta semana, sinalizam manutenção dos valores nesta quinta e sexta. Rafael Mendonça, direto da redação, traz mais informações.

O período para enviar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) começou no dia 11 de agosto e se estende até o dia 30 de setembro. A entrega é obrigatória para produtores rurais, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e deve ser feita por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR 2025, disponível no site da Receita Federal. Arthur Chagas, da Agência AgroEffective, traz mais informações.

O Congresso Nacional vai analisar os 63 vetos do Poder Executivo à Lei Geral do Licenciamento Ambiental (Lei 15.190/2025), sancionada no último dia 8 de agosto. Os parlamentares poderão manter ou derrubar os trechos suprimidos, entre eles dois pontos considerados centrais por ambientalistas e pelo Ministério do Meio Ambiente: a possibilidade de licença única e simplificada nos casos de Licença Ambiental Especial (LAE), prevista para empreendimentos estratégicos; e a ampliação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC) para projetos com médio potencial poluidor. Ainda não há data prevista para a análise desses vetos. CÉSAR MENDES tem mais informações direto da Rádio Senado.

O mercado do boi abriu o mês de agosto com cotações em recuperação. O setor se recuperou bem do susto inicial trazido pelas tarifas impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros. Neste momento, a arroba do boi se encontra estável na casa dos R$310. Moacir Naves, no entanto, chama a atenção para uma questão a longo prazo. Muitas novilhas têm sido engordadas para abate, criando para o futuro uma escassez de fêmeas para reprodução e oferta de animais. Diante disso, muitos se perguntam: vale mais a pena engordar para abate ou segurar para reprodução?

A pecuária brasileira segue em alerta com os impactos causados pela taxação imposta pelos Estados Unidos ao Brasil sobre os produtos exportados aos norte-americanos. Vlamir Brandalizze pontua, no entanto, que os preços internos do boi já começam a se recuperar do “susto” inicial da medida imposta por Donald Trump. Nas últimas duas semanas, a arroba bovina subiu, em média, R$20.