Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

O otimismo voltou a tomar conta das projeções envolvendo a safrinha de milho do Brasil. Vlamir Brandalizze explica que as chuvas recentes nas principais regiões produtoras e a previsão de novas precipitações fazem as estimativas voltarem para a casa das 100 milhões de toneladas.

O mercado da soja tem mostrado calmaria ao longo da segunda quinzena de abril. No cenário internacional, as incertezas seguem quanto ao “tarifaço” de Trump. Já no Brasil, Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, projeta que a reta final do mês deve ser de leve queda nas cotações. Isso porque os produtores têm vendido mercadoria mais barato em meio à necessidade de fazer caixa.

Um dos temores dos produtores rurais espalhados pelo Brasil é ter sua propriedade como alvo do “abril vermelho”, movimento criminoso que tem intensificado a invasão de terras privadas em todo o país. O consultor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodney Miranda, conversou com o jornalista Estevão Damázio e comentou como o produtor rural deve proceder para evitar ou recuperar áreas invadidas.

Até o momento, as tarifas globais de Donald Trump pouco têm impactado o mercado do milho, tendo em vista a alta demanda e os vários fornecedores mundiais do cereal. Sendo assim, o movimento nas bolsas se limita aos tradicionais fundamentos. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto ressalta que as cotações para o grão ficaram em baixa na Bolsa de Chicago. Os principais motivos foram o avanço do plantio nos Estados Unidos e a projeção no aumento dos estoques globais.

O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, analisa o cenário delicado pelo qual passa o feijão preto neste momento. Segundo ele, é importante que os produtores se informem e não vendam imediatamente seus estoques. A Conab, após pedido do próprio IBRAFE, tem se organizado para que remessas do grão sejam compradas pelo governo como forma de garantir o preço mínimo ao produto. Lüders ainda alerta que, ignorar a atual situação do feijão preto, pode desestimular o plantio ao longo do ano, fazendo com que em 2026, haja uma grande inflação sobre a variedade.

O mercado do feijão carioca passa pelo mês de abril em calmaria. As gôndolas se encontram abastecidas e as movimentações mais intensas devem acontecer apenas daqui a algumas semanas. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, projeta que a segunda safra do carioca deve ser bem menor que a de 2024, o que pode trazer um impacto nas cotações muito em breve.

O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, destaca que as especulações sobre o clima brasileiro seguem pautando as discussões entre os investidores das ações de café na bolsa. Bonfá também fala sobre a possibilidade de a safra de arábica ser antecipada em meio às condições atuais das lavouras.

A semana de 14 a 18 de abril para o mercado do algodão foi de reajuste após a sinalização de que pode haver um diálogo entre Estados Unidos e China pela pluma. No Brasil, Lício Pena, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), destaca que os cotonicultores estão focados em vendas pontuais e, principalmente, acertos de contratos futuros, como forma de garantir bons preços para a produção.

Joãozinho Grafista destaca que a produção de café arábica, depois de uma série de projeções negativas, pode superar as expectativas. Levantamentos apontam que as chuvas registradas em regiões produtoras podem alavancar a produção.

As negociações envolvendo o milho deram uma esfriada ao longo do mês de abril. A menor demanda, por parte do setor de ração, que já compôs seus estoques, e a perspectiva de queda nos preços com a chegada da safrinha proporcionaram esse cenário. Por falar em safrinha, Vlamir Brandalizze projeta que, durante o ápice da colheita, a saca pode recuar para a casa dos R$70.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log) iniciaram, no último dia 10 de abril, um cronograma de visitas a oito microrregiões do país para mapear a condição das estradas vicinais.

Vlamir Brandalizze faz um balanço dos números envolvendo as exportações de carnes do Brasil. Os volumes seguem expressivos e há a possibilidade de que os números alcançados em abril de 2024 sejam mantidos.

A safra de cana-de-açúcar do Brasil deve encerrar o ciclo 2024/25 com queda na produção em comparação com o ano anterior. Ainda assim, deve ser o segundo maior volume colhido na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As altas temperaturas registradas em 2024 contribuíram para esse cenário.

O mercado do feijão se encontra em calmaria, com compras isoladas e trabalhos de colheita sendo realizados em alguns pontos do Brasil. Vlamir Brandalizze ressalta que a safra de feijão preto deve ser forte mais uma vez. No entanto, a possibilidade de geadas nas próximas semanas é que vai confirmar a alta produtividade ou não dessa variedade.

Vlamir Brandalizze chama a atenção para o déficit na próxima safra de trigo do Brasil. Com a queda de área prevista, a produção deve ficar em torno de 6 milhões de toneladas. O consumo, por outro lado, deve girar em torno de 12 milhões de toneladas, o que deve proporcionar a ampliação das importações.

Os insumos para o plantio da próxima safra de soja devem ficar mais caros. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, explica que o aumento da área de milho plantada nos Estados Unidos em detrimento da oleaginosa deve demandar uma maior quantidade de fertilizantes. Vale lembrar que o milho pede mais insumos que a soja, fazendo com que os preços fiquem pressionados para cima.

Com 85% da safra definida, os preços do arroz deram pequenos indícios de melhora ao longo da primeira quinzena de abril. Vlamir Brandalizze ressalta que as cotações ficaram muito abaixo do preço de custo, e o movimento natural é de recuperação de patamares mais interessantes ao produtor.

O comandante da Patrulha Rural, do 45BPM em Paracatu MG, Tentente Denivon, proseou com Francys de Oliveira sobre uma palestra que será realizada no dia 22/4, às 18h, no auditório de reuniões da Coopervap. O militar convida todos os produtores rurais de Paracatu para participarem, onde a segurança na zona rural será o tema principal. Segundo ele a PM quer ouvir as demandas da comunidade para que ações de prevenção e combate ao crime sejam tomadas.

Acontecerá entre 28 de abril a 2 de maio de 2025 a Conferência Global "Água para Alimentos" de 2025, realizada pelo Instituto Global Daugherty de Água para Alimentos da Universidade de Nebraska. Com o tema "Um Futuro Resiliente: Água e Alimentos para Todos", o evento se concentrará em trabalhar para resolver um dos problemas mais urgentes do mundo: alimentar um planeta em crescimento, preservando nossos preciosos recursos naturais.

Está em discussão na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que diminui o processo burocrático para a regularização fundiária no Brasil. Quem explica mais sobre a proposta é deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR), que também é o 4º Secretário da Mesa Diretora da Câmara. Ele conversou com o jornalista Estêvão Damázio, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e disse que são necessárias 171 assinaturas para que seja iniciada a tramitação da proposta entre os parlamentares.