Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) vai solicitar a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que estabelece regras nacionais para o controle de javalis e demais espécies invasoras. A ideia é reconhecer a autoridade dos estados para realizar o manejo da fauna. Rafael Mendonça, direto da redação, tem mais informações.

O Clube Campestre de Coromandel recebeu, no último sábado, diversas lideranças políticas, acadêmicas e empresariais que representam as cidades do Cerrado Mineiro. O objetivo foi o lançamento do movimento “Sou Mais Cerrado Mineiro”, que vai agregar os municípios do Triângulo Mineiro, Noroeste e Alto Paranaíba. A ideia é formar uma espécie de bloco econômico, com as prefeituras atuando de forma cooperada para o fortalecimento da região. O PIB agrícola da região do Cerrado Mineiro é responsável por 50% do PIB do agronegócio de Minas Gerais. Os participantes do evento destacaram que o Cerrado, embora já tenha começado a receber investimentos por parte do governo, ainda necessita de aportes mais robustos, dada a expressiva produção local. É nessa área que se sustenta grande parte da economia do Estado e uma parcela significativa do abastecimento nacional.Um dos idealizadores do movimento “Sou Mais Cerrado Mineiro”, o professor Guilherme Ghelli, presidente da Adeccer, falou sobre como surgiu a ideia e do potencial

Apesar da aparente estabilidade, o mercado do feijão carioca deve enfrentar nova onda de alta nos preços nas próximas semanas. A oferta em 2025 está abaixo da registrada no ano passado, com estoques apertados diante de um consumo mensal estimado em 155 mil toneladas. Segundo o presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, a antecipação de compras por supermercados e empacotadores, diante da perspectiva de alta, adiantou movimentos que ocorreriam apenas em outubro, provocando uma pausa temporária nas negociações. Com estoques reduzidos ao longo da cadeia, a expectativa é de que a demanda retorne em breve, reacendendo a valorização do produto.

Diante da estagnação recente no mercado do feijão carioca e da queda no consumo nacional, o IBRAFE (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses) iniciou uma missão técnica nos Estados Unidos para estudar modelos bem-sucedidos de promoção da leguminosa. Representantes da entidade buscam entender estratégias de marketing, políticas públicas e educação alimentar que aumentaram o consumo interno no país. A iniciativa, segundo o presidente Marcelo Lüders, visa estruturar uma campanha nacional, unindo produtores, empacotadores e consumidores em torno da valorização do feijão e do prato feito brasileiro.

Em meio à queda nos preços e à crescente preocupação com a poluição por microplásticos, o setor global do algodão ensaia uma virada estratégica. Durante encontro realizado em Dubai, Brasil, Estados Unidos e Austrália firmaram uma inédita aliança para promover o algodão natural e enfrentar o domínio das fibras sintéticas no mercado têxtil. O encontro marcou um novo capítulo da cooperação internacional, com foco em sustentabilidade, comunicação conjunta e defesa institucional da fibra, em um momento de urgência para retomar a participação no mercado global. Quem traz mais detalhes sobre o acordo é o Lício Pena, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA).

O retorno das chuvas típicas da primavera no Brasil provocou queda nos preços do café nas bolsas internacionais entre os dias 6 e 10 de outubro. As precipitações sinalizam o início das floradas e alimentam expectativas sobre a próxima safra, mas ainda geram incertezas. O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, explica que a redução nas exportações em setembro e as tensões comerciais entre China e Estados Unidos também contribuíram para a instabilidade no mercado.

Impulsionado por novas vendas de carne bovina para a China, o mercado do boi gordo registrou reação nos últimos dias, com preços variando entre R$305 e R$315 por arroba e pressão compradora firme. As exportações devem ultrapassar 250 mil toneladas em outubro. Vlamir Brandalizze também destaca o frango, que mantém forte desempenho, após recorde histórico em setembro com quase 460 mil toneladas embarcadas, e projeção de mais de 400 mil em outubro.

De acordo com a equipe de estudos “Boi Cepea”, a liquidez no mercado do boi permaneceu boa na quinta-feira (09), com encurtamento das escalas de abate para 5 a 12 dias. Em São Paulo, os preços variaram entre R$305 e R$315, e o Indicador CEPEA/ESALQ fechou em R$307,95. Houve alta de R$5 na arroba do boi e das fêmeas em Goiânia, Norte de Goiás e Pará. No atacado da Grande São Paulo, os preços da carne com osso tiveram leve valorização. Já no mercado de reposição, os preços do bezerro seguem firmes.Rafael Mendonça, direto da redação, traz mais informações.

O mercado do feijão segue em ritmo lento, com a terceira safra encerrada e poucas negociações ao longo dos primeiros 10 dias de outubro. Os preços do feijão carioca nobre variam entre R$225 e R$275 por saca, enquanto o comercial é cotado entre R$200 e R$240. No varejo, o empacotado, comprado meses atrás, ainda sustenta promoções abaixo de R$4 o quilo, apesar dos custos atuais exigirem valores entre R$5 e R$6. O feijão preto também teve uma semana de calmaria, com cotações entre R$135 e R$170, mas com leve queda em algumas regiões devido à baixa demanda. Vlamir Brandalizze comenta que o setor aguarda uma retomada do consumo nas próximas semanas.

O mercado do arroz no Brasil enfrenta forte pressão, com cotações nos menores patamares desde abril de 2020 e baixa liquidez. Na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, o arroz em casca é negociado entre R$53 e R$54, enquanto o parboilizado não ultrapassa R$50. Vlamir Brandalizze explica que a indústria está retraída, alegando alto custo financeiro e dificuldade em girar o estoque beneficiado.

A colheita do trigo segue avançando no Brasil em meio a desafios climáticos. No Paraná, as chuvas atrapalham os trabalhos no campo, enquanto no Rio Grande do Sul, a safra se desenvolve bem, com perspectivas de alta produtividade e qualidade. Apesar do bom desempenho nas lavouras, Vlamir Brandalizze comenta que as exportações brasileiras de trigo somam 1,47 milhão de toneladas no ano, abaixo do volume registrado no mesmo período de 2024. O Vietnã segue como principal destino, com mais da metade do volume exportado.

O Brasil mantém ritmo forte nas exportações de milho e pode encerrar outubro com 30 milhões de toneladas embarcadas no ano, segundo projeções da ANEC. O Irã lidera como principal comprador brasileiro em 2025, seguido pelo Egito. No campo, o plantio da primeira safra avança no Sul e Sudeste, com expectativa de produção próxima a 25 milhões de toneladas. Vlamir Brandalizze destaca que, enquanto isso, o excesso de chuvas tem preocupado produtores do Paraná. O mercado do sorgo, por outro lado, também segue aquecido, embora a China permaneça fora das compras devido ao impasse comercial com os EUA.

Enquanto Estados Unidos e China seguem sem avanços concretos na negociação para encerrar a guerra comercial, os preços da soja seguem sem muita alteração no mercado internacional. No Brasil, as exportações continuam aquecidas e devem ultrapassar 7 milhões de toneladas em outubro, segundo dados da Secex. Com isso, o acumulado anual pode chegar a 102,2 milhões de toneladas, superando os mais de 93 milhões embarcados no mesmo período de 2024. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, também chama a atenção para o plantio da nova safra, que avança, impulsionada pelas chuvas no Centro-Oeste.

O mercado futuro do café registrou forte volatilidade nos últimos dias, rompendo a resistência de 381 centavos de dólar/libra-peso em Nova York e alcançando a máxima de 392 cents de dólar — patamar não visto desde a queda brusca de setembro. No entanto, a chegada de chuvas ao cinturão cafeeiro pressionou os preços para baixo, com o contrato dezembro fechando a quinta-feira (09) a 377 cents de dólar. Apesar da baixa nos estoques certificados ter impulsionado uma breve recuperação, o agente autônomo de investimentos João Santaella Neto ressalta que o mercado segue preso à influência do clima e às incertezas do cenário internacional.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, vendendo para mais de 100 países. Para manter essa liderança, é essencial atender a padrões de qualidade, o que exige avanços constantes nos métodos de análise da carne. Um dos principais critérios de valorização é o marmoreio, que é a gordura intramuscular distribuída na carne. Ela influencia textura, sabor e maciez, características muito valorizadas pelos consumidores. Esse é um dos fatores para se ter uma proteína de qualidade e que queira ser cada vez mais consumida.E o que é determinante para incentivar o consumo de carnes nobres no Brasil? Quem responde é José Leandro Peres, gestor da JP Agropecuária (Programa Angus), e Fábio Almeida, da Nelore do Golias, em entrevista à coordenadora do núcleo de inteligência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Nathália Fernandes.

Matéria seca (MS) é a fração de um alimento que permanece após a remoção de toda a água. É a parte essencial do alimento que contém todos os nutrientes, como proteínas e fibras, e é crucial para a nutrição e o bem-estar animal, sendo utilizada para formular dietas e calcular o consumo e a produção do rebanho. Você sabia que é possível fazer a determinação de uma matéria seca utilizando uma air fryer? Sim, essa mesmo que tem em várias cozinhas brasileiras. A Embrapa lançou um material no qual explica passo a passo como fazer esse composto importantíssimo na pecuária. 

A Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene em comemoração ao Dia do Empreendedor e defendeu a aprovação do PLP 108/2021, que propõe a atualização dos limites de faturamento do Simples Nacional. O projeto, originado no Senado e analisado junto a outras propostas, sugere aumentar o teto de faturamento para enquadramento como MEI, microempresa e empresa de pequeno porte, além de prever reajustes anuais com base na inflação (IPCA).Luiz Cláudio Canuto traz mais informações direto da Rádio Câmara.

A Comissão de Infraestrutura aprovou a inclusão do biogás na política de incentivo à geração de energia renovável no campo. O relator, senador Wilder Morais (PL-GO), destacou que a medida estimula a sustentabilidade e reduz custos produtivos. O projeto segue para a Comissão de Agricultura antes da votação final no Plenário.Henrique Nascimento traz mais informações direto da Rádio Senado.

A Comissão Mista que analisa a Medida Provisória do Plano Brasil Soberano debateu os impactos do "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos. Representantes da indústria e do agronegócio apontaram dificuldades para se ajustar e redirecionar as exportações. O relator da MP, senador Fernando Farias (MDB-AL), classificou a medida provisória como "muito boa" e demonstrou preocupação com os pequenos produtores. Marina Dantas tem mais detalhes direto da Rádio Senado.

O Governo de Minas lançou o Plano Estadual de Enfrentamento ao Período Chuvoso 2025-2031. A iniciativa define estratégias para melhorar a cooperação entre o Estado e os municípios, fortalecer a gestão pública e integrar ações voltadas à prevenção e ao enfrentamento de desastres em Minas Gerais.O plano tem como finalidade principal minimizar os riscos, ampliar a segurança da população e tornar mais eficaz a resposta a ocorrências relacionadas a eventos climáticos extremos e às mudanças no clima.Sônia Neri traz mais detalhes direto da Agência Minas.