Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

O saldo da balança comercial de lácteos voltou a apresentar retração, devido ao aumento expressivo das importações neste mês, que apresentaram um salto de aproximadamente 31,8 milhões de litros em equivalente-leite. O levantamento foi realizado pelo portal “Milkpoint”.Rafael Mendonça, direto da redação, tem mais detalhes.

O preço do leite spot na primeira quinzena de outubro fechou com média nacional de R$2,28, após recuo de R$0,11 no período, segundo dados do MilkPoint Mercado. A atual conjuntura de demanda mais enfraquecida nos derivados lácteos, combinada ao crescimento sazonal da produção nesta época do ano, tem intensificado a pressão sobre o mercado. De acordo com relatos levantados pela pesquisa, o resultado direto dessa dinâmica tem sido a continuidade dos recuos nos preços praticados, refletindo a dificuldade do setor em sustentar valores principalmente na região sul do país. E a semana também foi de leilão internacional de lácteos. Rafael Mendonça traz mais informações direto da redação.

O mercado de gado de corte segue em forte aquecimento no Brasil, impulsionado pela escassez de oferta e alta demanda, especialmente por bezerros e vacas para engorda. Leilões recentes apontam valorização significativa: bezerros Nelore chegam a quase R$14/kg vivo, enquanto bezerras alcançam R$11/kg. A arroba do boi gordo se aproxima de R$320 em São Paulo, com escalas de abate mais curtas, entre 5 e 12 dias. A falta de bezerros e a retenção de fêmeas indicam possível escassez de animais até 2026. O leiloeiro Moacir Naves relata que há disputa acirrada nos leilões e preços firmes em toda a cadeia.

O mercado das carnes registrou desempenho histórico em setembro, com recordes mensais de exportação para as três principais proteínas: bovina, suína e de frango. Vlamir Brandalizze chama a atenção para a carne bovina que embarcou 314,7 mil toneladas, maior volume já registrado para qualquer mês, e trouxe US$1,76 bilhão em divisas.

Após forte alta nos preços em setembro, o mercado do feijão iniciou outubro em compasso de espera, com empacotadoras fora das compras e o varejo ainda operando com promoções abaixo de R$4,00 o quilo. A saca do feijão carioca nobre varia entre R$230 e R$280, enquanto o feijão preto se estabilizou após subidas expressivas, oscilando entre R$135 e R$175. No campo, o Paraná, maior produtor nacional, já plantou 70% da primeira safra, mas a área cultivada caiu de 168 mil para 107 mil hectares. Vlamir Brandalizze explica que as lavouras enfrentam dificuldades com calor extremo no noroeste e chuvas intensas no sudoeste do Paraná, agravando o cenário para a próxima colheita.

O mercado do arroz no Brasil permanece fragilizado, com preços entre R$55 e R$60 a saca no Rio Grande do Sul e incertezas sobre a área plantada para a próxima safra. Após paralisação por excesso de chuvas, o plantio gaúcho voltou a avançar, mas projeções indicam possível redução de até 10% na área cultivada no estado, principal produtor do país. Santa Catarina e Tocantins também podem registrar quedas de até 12%. Vlamir Brandalizze comenta sobre a fraca demanda da indústria, que tem proporcionado preços baixos no varejo e o aumento das importações. Segundo ele, tudo isso contribui para a instabilidade do setor, que ainda não conseguiu reação expressiva nas exportações.

A safra brasileira de trigo em 2025 pode atingir 7,5 milhões de toneladas. Vlamir Brandalizze explica, no entanto, que produtores paranaenses estão preocupados com o excesso de chuvas em regiões como o sudoeste e centro-sul do estado, o que pode prejudicar o grão na fase final de maturação.

No Brasil, a safrinha 2025 teve 59% de seu volume negociado, com 66 milhões de toneladas já comercializadas, um recorde em volume. As exportações brasileiras também bateram recorde em setembro, com embarque de 7,56 milhões de toneladas, gerando R$8,2 bilhões em divisas. Vlamir Brandalizze chama a atenção para o papel do milho como um dos principais produtos da balança comercial do país.

A paralisação do governo americano (shutdown), por conta da não aprovação do orçamento, suspendeu a divulgação de dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Tal situação gerou incertezas no mercado internacional. Quem explica esse cenário é Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

O Brasil tem se tornado cada vez mais referência na produção de carnes nobres. No entanto, um cenário começa a se modificar a partir de agora: esse tipo de produto, antes voltado prioritariamente à exportação, agora começa a ganhar protagonismo também no mercado interno. Nesse contexto, muitos se perguntam sobre o porquê desse consumo por parte do brasileiro ter sido demorado. José Leandro Peres, gestor da JP Agropecuária (Programa Angus), e Fábio Almeida, da Nelore do Golias respondem a essa pergunta e falam mais sobre o mercado de carnes nobres em entrevista à coordenadora do núcleo de inteligência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Nathália Fernandes.

Você já ouviu falar da tripanossomose bovina? É uma doença causada por protozoário que tem se espalhado rapidamente pelo Brasil. A Emmanuelle Baldo Gaspar, pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, fala agora sobre o histórico da doença, as formas de transmissão, o impacto no rebanho, diagnóstico e tratamentos.

Eventos climáticos como seca, excesso de chuva, ventos e ondas de calor interferem diretamente na produção, afetando o desenvolvimento e a produtividade das culturas. Por isso, informação e planejamento são fundamentais para o alcance de bons resultados na produção. A avaliação de riscos é uma etapa importante neste processo, ajudando a entender quais são as culturas mais viáveis para o clima em determinada região e época do ano. Uma das formas de fazer isso é utilizando os dados do Zarc, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. O Zarc delimita regiões de produção e épocas de plantio de acordo com suas probabilidades de perda causada por eventos meteorológicos adversos, para mais de 40 culturas. A Embrapa preparou um material especial falando um pouco mais sobre esse procedimento.

A polinização é vital para 90% das flores silvestres e dois terços das safras de alimentos. Porém, o desmatamento ilegal e o uso incorreto de agroquímicos podem ameaçar as abelhas e isso também afeta a humanidade. Protegê-las é essencial não apenas no dia 3 de outubro, quando se comemorou o Dia Nacional da Abelha, mas todos os dias. Além de produzir mel, própolis e geleia real, ao coletar o pólen as abelhas têm um papel essencial à vida e à reprodução das plantas. Ouça mais no programa “Dedo de Prosa”, da Rádio Senado, com RAQUEL TEIXEIRA E ANDERSON MENDANHA.

Já está em vigor a política proposta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para levar tratamento de esgoto domiciliar a áreas rurais ainda desassistidas. Esse é o objetivo da Lei 25.509, publicada no Diário Oficial Minas Gerais no último dia 2 de outubro.Rafael Mendonça, direto da redação, traz mais detalhes sobre a nova lei.

O Circuito Mineiro de Agroecologia é um evento promovido pela Emater-MG que busca fortalecer a agricultura familiar e a produção de alimentos saudáveis por meio de práticas agroecológicas. A 1ª Etapa Estadual ocorreu em Goianá, na Zona da Mata mineira, em setembro de 2025, com o objetivo de oferecer palestras e oficinas práticas para os agricultores. O Circuito visa disseminar técnicas sustentáveis, como controle biológico e produção orgânica, e fortalecer a conexão entre produtores e consumidores de alimentos de base agroecológica.O repórter Edilson Nicolau fala mais sobre o evento e a adesão cada vez maior dos produtores mineiros a agroecologia.

Quando se fala em queijo minas frescal, a mente logo remete a Minas Gerais, berço de tradições e sabores que encantam o Brasil e o Mundo.Mas o que poucos sabem é que, para garantir um produto certificado e de qualidade superior, o cuidado começa muito antes de o queijo chegar à mesa: ele nasce no curral, onde vacas recebem tratamento digno de hotel cinco estrelas, com ventiladores, camas especiais e água fresca de poço artesiano.Essa dedicação à produção não só preserva a pureza do leite tipo A, como também assegura o diferencial de um dos queijos mais tradicionais do país.Rafael Mendonça, direto da redação, vai nos contar a história de um produtor de queijos da Zona da Mata Mineira que segue essas diretrizes para ter como resultado um Minas Frescal de altíssima qualidade.

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o projeto de lei 4432/23, do deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), que cria o Cadastro Nacional de Invasões de Propriedades. A proposta, que agora pode seguir para o Senado, prevê o registro de pessoas que invadirem propriedades públicas ou privadas. Segundo a relatora Bia Kicis (PL-DF), o objetivo é impedir que esses indivíduos recebam benefícios sociais ou ocupem cargos públicos. A repórter Maria Neves tem mais informações direto da Rádio Câmara.

A primeira semana de outubro foi marcada por baixa liquidez no mercado de feijão, com preços do feijão carioca recuando levemente após alta registrada no fim de setembro. Com compradores mais cautelosos, negócios foram fechados entre R$255 e R$260 por saca para feijão nota 9, base Noroeste de Minas. Já o feijão preto manteve-se estável entre R$140 e R$155, mas com poucos negócios. A expectativa do setor se volta para a próxima colheita no interior de São Paulo, prevista para ganhar força em novembro. Enquanto isso, produtores em Minas Gerais e Paraná enfrentam dificuldades no plantio por falta de chuvas e altas temperaturas. Quem analisa os últimos acontecimentos do setor é o presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders.

O mercado físico do milho registrou alta nas cotações em setembro, com produtores reduzindo a oferta e exportações ultrapassando 7,4 milhões de toneladas no mês. Apesar disso, o início da safra de verão 2025/26 no Brasil ocorre sob forte pressão. O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto explica que os custos de produção estão elevados e o crédito rural caiu 31% em relação ao ano anterior. 

O contrato de dezembro/25 do algodão na Bolsa de Nova York atingiu nova mínima do ciclo, a 65,5 centavos de dólar por libra-peso no dia 29 de setembro, refletindo um mercado global estagnado. Muito se deve ao feriado nacional na China e ao shutdown do governo dos Estados Unidos. Apesar da leve recuperação no início de outubro, o cenário ainda é de pressão, com aumento nas posições vendidas por fundos e sinais de safra americana ligeiramente superior às projeções anteriores. No Brasil, 99,95% da colheita da safra 24/25 está concluída, e 50% já foi beneficiada, com Minas Gerais priorizando o cumprimento de contratos de exportação. Lício Pena, diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA) destaca que Índia e Vietnã elevaram a demanda por algodão brasileiro diante de incertezas climáticas e busca por recomposição de estoques antes de novas taxações.