Mundo Corporativo - Mílton Jung

Voltar a estudar é a melhor opção. Um curso tecnológico à distância lhe daria um diploma superior. Some a ele um curso sobre liderança e um sobre empreendedorismo. Isso lhe trará uma visão mais positiva sobre seu futuro.

Na empresa em que trabalhei, havia algo prático que fazíamos: os funcionários eram solicitados a dar boas-vindas aos novatos e conversar com eles nos dias seguintes. Esse era um dos motivos que fazia com que os recém-chegados comentavam que nunca tinham sido tão bem acolhidos. Esse é o primeiro e mais importante passo.

O programa em si não é ruim, mas para ser bom, mas precisa ser iniciado com uma clara relação de fatores que serão avaliados. Ele não pode depender da opinião pessoal de um chefe.

Para esclarecer o cenário, Mílton Jung recebeu Carlos Souza, diretor geral da Udacity para a América Latina.

Ir falar diretamente com o chefe do supervisor é sempre uma tentação, mas reclamações sobre carga de trabalho tem bem menos chances de serem acatadas. O melhor a fazer é procurar quem lhe dê valor.

Sim, aperfeiçoar sua habilidade de se comunicar escrevendo. Em uma relação entre chefe e subordinado, quem determina os meios de comunicação é o chefe. Se você souber falar bem e escrever bem, é muito provável que seu futuro profissional seja melhor que o dela.

Sim, pode. Uma festa na própria empresa é um evento profissional e os empregados deveriam receber horas extras se fossem obrigados. Mas fazer isso não é muito sábio. É melhor aparecer na festa do que ser rotulado como "do contra". Beba pouco e saia depois de ter sido notado.

O melhor é considerar que se o caso chegar aos ouvidos da chefia, é melhor que chegue por você e não por outro meio. O melhor caminho é se apresentar, mencionar o erro e aceitar a repreensão, Confissão aumenta a confiança da chefia em seu subordinado.

As mudanças sociais criaram uma polarização nas empresas. Há um grupo que não pode mais falar o que antes podia e outro que passou a usar o direito de dizer o que pensa. No meio disso, felizmente, estão as pessoas sensatas e ponderadas. O maior erro da empresa seria deixar a batalha por conta dos empregados.

Cássia Godoy recebeu Paola Kiwi, presidente da Tupperware, para um bate-papo sobre a importância de lidar com o fracasso para aumentar a produtividade e a confiança dos colaboradores.

Ofender a empresa nas redes sociais depois de uma demissão resulta em não ser recontratado. Uma única frase nas redes sociais pode revelar mais sobre um candidato do que um currículo de três páginas.

Essa ferramenta deve ser usada para reportar situações que possam comprometer a saúde da empresa, como apropriação indébita. Outra opção seria denunciar assédio ou discriminação.

Interromper uma resposta é o sinal mais óbvio. Cruzar os braços ou checar o celular durante a conversa pode indicar desinteresse.

Ao esbarrar com um colega de trabalho que comete muitos erros de português e decidir dar um conselho para ela, não se assuste: a reação mais normal é de uma forte rejeição. Entre colegas de trabalho, há um código de conduta não escrito. Se estiver precisando de ajuda, o colega é que irá pedir. Uma tentativa de ajuda pode soar como intromissão. Claro que você estava bem intencionado, mas entre colegas a melhor maneira de manter um bom relacionamento é elogiar.

Você deve tentar entender por que aconteceu com alguém algo ruim que pode acontecer com você. O melhor a fazer é ouvir a explicação dada e desejar boa sorte ao colega que se vai, sem emitir opinião. Depois, passe mentalmente o que ele fazia no cargo e o que pode ter sido feito para que ele tenha sido demitido.

Cláudia Lourenço, diretora de RH da Europ Assistance, conversou com Mílton Jung sobre os desafios dos gestores de Recursos Humanos nas grandes empresas de hoje.

Preste muita atenção ao modo como a empresa em que você vai começar se comporta. Cada empresa tem seus próprios hábitos e jargões. Fazendo isso, você estará observando a ação de muitos anos de cultura na moldagem do atual ambiente de trabalho. Ao começar, é preciso mostrar que pode ser mais um naquele ambiente.

Ainda há entrevistadores fazendo essa pergunta? Uma boa conversa de 20 minutos é suficiente para um entrevistador perceber se está diante de um sociopata ou de uma pessoa de bem. Mesmo assim, se a pergunta surgir, faça uma piada.

Não mencione o salário de sua colega como argumento para pedir um aumento. Nenhum chefe gosta disso. Converse sobre sua situação, relate o que você fez no período em que esteve na empresa e pergunte o que lhe falta para conseguir um reajuste.

Jovens que acumularam graduação, pós-graduação, mestrado ou imersão em inglês estão preocupados. Uma vaga adequada a essa formação seria de alguém com remuneração entre 10 e 20 salários mínimos. O problema é que aparecem poucas vagas com esse padrão. Estudo e experiência devem, desde cedo, caminhar lado a lado.