Mundo Corporativo - Mílton Jung

O espaço totalmente aberto não tem nada de novidade. Ele era o padrão de todas as empresas brasileiras há um século. A diferença não está no espaço em si, mas nas pessoas dentro deles. Existem funcionários que rendem bem em grandes grupos e outros que trabalham melhor em um espaço reservado.

Empresas crescem enquanto se esforçam e investem para superar concorrentes. Uma empresa progride enquanto não desiste de ser melhor que as outras. Uma carreira segue o mesmo passo. Começo difícil, dificuldade de se sobressair entre os iguais e custo para adquirir novos conhecimentos. Quando tudo isso é superado, vem o período de ilusória estabilidade. Sugestão é voltar a estudar para se adaptar a exigências que não existiam há 20 anos, mas agora se tornaram norma de contratação.

Luiz Marcatti, sócio-diretor da MESA Corporate Governance, explica o conceito de governança corporativa e aponta os principais erros na sucessão de uma empresa.

Ao ser perguntado sobre qual motivo você teria para mudar, responda: "nenhum, mas acredito que vou ouvir um que me fará pensar melhor". E ponto. Quem é convidado a mudar de emprego não precisa convencer, e sim ser convencido.

Ouvinte diz que está há dois anos na mesma empresa e não sabe o que esperar dela. Ela conta que trabalham em ritmo maluco, mas não recebe retorno e quer saber se isso é só no emprego dela. A resposta é simples: isso não é privilégio da empresa citada. É a coisa mais comum entre várias corporações. Muitas vezes o problema está na forma de atuar do gestor.

Legalmente, não. Empresas deveriam ser mais sensíveis do que a maioria é em relação a candidatos que não são contratados, nada as obriga a ter que oferecer explicações detalhadas.

Estamos falando de duas coisas que existem a muito tempo e que sempre ajudaram a construir carreira: uma é o networking e a outra o marketing pessoal. As redes sociais ampliaram muito essas possibilidades. O que pode dar errado é alguém revelar fatos da empresa que não devem ser expostos publicamente. Tudo se resume a uma questão de bom senso.

Max Gehringer afirma que uma passagem por uma outra área irá ampliar sua visão sobre a empresa e quem for observar seu currículo no futuro irá avaliar que você não tem medo de desafios. Você não vai desaparecer do radar e irá continuar sendo observado. Por isso, precisa se mostrar um jovem profissional interessado em aprender e cooperar.

Rafael Olivieri, especialista em internacionalização de carreiras e idealizador do programa 'Carreira Sem Fronteiras', explicou os principais desafios para quem quer atuar no exterior.

Algumas pessoas ficam inconformadas com 'injustiças' no trabalho e acham que desabafar por resolver. Mas quem se relaciona bem com a alta cúpula já percebeu que isso dá mais certo do que ter capacitação.

Você pode continuar em grupos de WhatsApp, mas passará a só responder mensagens que não comprometam seu cargo. Quanto ao almoço diário, você pode começar reduzindo a sua participação por causa da carga de trabalho.Com o tempo, seus subordinados passarão a se acostumar com o fato de que você é quem sempre foi e somente precisou passar a dedicar mais tempo às prioridades do novo cargo.

Quando a empresa compradora é agressiva e competitiva, a tendência natural é que ela imponha o seu ritmo e foco em resultados imediatos. Isso não significa que ela irá desprezar o que pode absorver de útil, mas o ambiente irá mudar. O caminho é observar as novas oportunidades de carreira que ela irá oferecer. Tudo se resume a uma questão de adaptação.

Relativamente, sim. Mas é necessário ter cuidado para não ultrapassar a linha e acabar dando ordens para os colegas, por exemplo.

Vá uma vez ao mês e diga que você tem compromisso pessoal nos outros dias. O que você deve fazer é ser eficiente e ter a aprovação do chefe, a única pessoa que realmente interessa.

Mílton Jung conversou com Wanderlei Passarella, mestre em administração de empresas e diretor da Syncron Participações.

A sua ajuda foi percebida e você será solicitada novamente para colaborar. Quando isso acontecer, você pode, e deve, esclarecer antecipadamente qual será sua participação e que créditos você irá formalmente receber. O importante é você ter percebido que tem muito a oferecer aos necessitados. E que só precisa aprender a negociar melhor.

Sim. Intercâmbio não é garantia de retorno imediato para a carreira, mas é um aconselhável investimento de médio prazo.

Quando um gerente conversa por três anos seguidos sobre um possível aumento e não faz nenhuma referência específica ao desempenho do subordinado, isso cheira fortemente a enrolação. Comece a sondar o mercado e avise seus amigos que está procurando outro emprego porque as chances do seu gerente estar empurrando o seu caso com a barriga é muito grande.

Essa experiência pode ser muito útil.Se tudo correu bem no seu setor, mesmo que informal, isso não será ignorado.Você não só não perdeu nada, como ainda ganhou um ponto importante no conceito do seu gerente.

O valor de uma função é determinado pela média de remuneração no salário. Não informe seu salário no currículo e informa numa possível entrevista sobre seu rendimento total caso a oferta fique inferior ao esperado.