O Mundo Agora

  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
  • Duração: 1:36:36
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Sinopse

Crônica de política internacional de Alfredo Valladão, do Instituto de Estudos Políticos de Paris

Episódios

  • A Europa, o Azerbaijão e o silêncio sobre Bahruz Samadov

    07/07/2025 Duração: 05min

    Bahruz Samadov tem 30 anos, é pesquisador e pacifista – e foi injustamente condenado a 15 anos de prisão no Azerbaijão. Sua história, ignorada por líderes europeus, revela os silêncios convenientes da política internacional e mostra, mais uma vez, como o petróleo costuma pesar mais que a democracia. Thomás Zicman de Barros, analista político Hoje eu vou falar sobre o Azerbaijão. Sim, o Azerbaijão: um pequeno país que muitos sequer sabem apontar no mapa e que raramente recebe atenção no noticiário brasileiro. Para explicar o motivo, basta um nome e um sobrenome: Bahruz Samadov. Ele é um jovem pesquisador, de 30 anos, que acaba de ser injustamente condenado a 15 anos de prisão sob a acusação de alta traição. Sem dúvida, alguém pode se perguntar: “Mas o que isso tem a ver com a Europa?” – que, afinal, costuma ser o assunto dessa coluna. Esta crônica trata da Europa sob diversos aspectos. Primeiro porque, tecnicamente, o Azerbaijão faz parte da Europa. O país fica no Cáucaso, considerado a fronteira sudeste do co

  • Entre ameaças e recuos: o estilo Trump nas relações comerciais globais

    02/07/2025 Duração: 04min

    Donald Trump voltou a colocar o comércio internacional no centro da sua estratégia geopolítica, reacendendo disputas tarifárias e retomando negociações com alguns dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. No entanto, sua abordagem, marcada por improvisos, ameaças e recuos, tem produzido mais incertezas do que consensos duradouros. Thiago de Aragão, analista político A recente reunião com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, na última sexta-feira (27), ilustra bem esse estilo: avanços pontuais são ofuscados por uma condução errática que dificulta previsibilidade e confiança. Ao mesmo tempo, sua postura frente à China e sua retórica diante da União Europeia indicam que, mais do que construir pontes, Trump ainda aposta em táticas de pressão unilateral como principal moeda de negociação. Uma estratégia que pode ter efeitos imediatos, mas cobra caro no longo prazo. Nas negociações com a China, Trump conseguiu uma trégua tarifária de 90 dias, evitando aumentos imediatos e abrindo espaço para dis

  • Quando neutralidade vira cumplicidade: o papel dos países europeus no conflito entre Irã e Israel

    23/06/2025 Duração: 04min

    Quando líderes europeus começavam a esboçar críticas à matança em Gaza, o ataque israelense ao Irã os devolveu à chantagem de Netanyahu — à qual continuam a se submeter, não sem cumplicidade. Thomás Zicman de Barros, analista político* Já faz dez dias que Israel iniciou sua ofensiva militar no Irã. No sábado (21), Donald Trump anunciou que os Estados Unidos haviam se unido aos esforços israelenses e bombardeado alvos ligados ao programa nuclear iraniano. Onde, porém, fica a Europa nessa situação? O novo chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou que Israel está “fazendo o trabalho sujo” dos países ocidentais ao bombardear o Irã — uma frase que, em sua franqueza, escancarou uma cumplicidade calculada. Ao mesmo tempo, o presidente francês Emmanuel Macron responsabilizou Teerã pela escalada, mesmo diante de ataques israelenses que violaram de forma inequívoca o direito internacional e sabotaram negociações diplomáticas já em curso. Mesmo sem entrar diretamente no conflito, Reino Unido, França e Alemanha, cada um

  • Trump adota "labirinto estratégico" na guerra entre Israel e Irã

    16/06/2025 Duração: 04min

    Na tarde de 15 de junho de 2025, Israel e Irã trocaram intensas ofensivas: Teerã disparou mísseis e drones sobre cidades israelenses, atingindo áreas civis em Tamra, Bat Yam, Tel Aviv, Jerusalém e Rehovot, e deixando dezenas de mortos e muitos feridos. Do lado iraniano, o número de vítimas já ultrapassa 400, com centenas de feridos desde o início da Operação Rising Lion. Thiago de Aragão, analista político Diante desse clima de guerra que avança para o terceiro dia, Donald Trump assumiu o centro do palco internacional. O chefe da Casa Branca confirmou que sabia dos ataques israelenses, salientando que foi mantido informado, mas reiterou com firmeza que “os EUA não participaram diretamente” da ofensiva. Mais do que isso, vetou uma possível tentativa de assassinato do aiatolá Khamenei por Israel alegando que, até aquele momento, nenhum americano havia sido morto, e que um ataque tão extremo seria “escalada demais”. Mas a retórica de Trump permanece poderosa. O presidente norte-americano chamou as ofensivas de “

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