Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Vlamir Brandalizze faz um balanço das condições das lavouras de algodão tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. De acordo com o consultor, a safra brasileira é promissora. Neste momento, os negócios são discretos e as compras mais intensas devem acontecer posteriormente. 

O mercado internacional do trigo segue atento aos detalhes que envolvem o conflito comercial entre Estados Unidos e Rússia e as possíveis sanções aos membros do BRICS. Os produtores de trigo da Rússia, atentos à possíveis taxações, vendem com agilidade e ajudam a acumular estoques do cereal. No Brasil, Vlamir Brandalizze comenta que há pouca demanda por parte dos moinhos, que ainda são discretos nas aquisições. Em relação à nova safra, os trabalhos de plantio já foram finalizados e as condições das lavouras são boas.

Os preços do milho abriram o mês de agosto com a mesma tendência de julho. A entrada da safrinha e a grande disponibilidade de mercadoria têm jogado as cotações para baixo, movimento natural para essa época do ano. Diante desse cenário de preços pouco atrativos, alguns produtores estão repensando se vão cultivar o cereal na safra de verão. Vlamir Brandalizze destaca que há a possibilidade de queda na área plantada em torno de 15%.

O ano de 2025 têm sido marcado por exportações recordes para a soja. Do total embarcado nos seis primeiros meses do ano, mais de 70% tiveram a China como destino, consolidando os asiáticos como um importante mercado consumidor da oleaginosa. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, chama a atenção para a próxima safra, cujo plantio será iniciado em um mês. Muitos produtores ainda seguem a caminhada em busca dos insumos.

MERCADO DO CAFÉ

Francys de Oliveira proseou com a advogada especialista em direito ambiental  Dra. Regina Barbosa sobre as recentes mudanças no licenciamento ambiental e como estão impactando o setor produtivo e a gestão ambiental. Ela explicou o que é, por que é tão importante no Brasil: se essas mudanças significam redução da proteção ambiental; o que mudou em Minas Gerais, com a recente alteração na DN COPAM 217/17; quais critérios o produtor precisa observar para se enquadrar na dispensa; se isso representa um avanço ou um risco para o meio ambiente; e outros pontos sobre a harmonia entre produção e conservação. A prosa foi muito esclarecedora e te convidamos a conferir também.

De acordo com a equipe de estudos “Boi Cepea”, frigoríficos estiveram mais firmes em suas propostas e evitaram conceder novos aumentos. A maioria dos negócios saiu nos mesmos preços da quarta ou do começo da semana, apenas um ou outro teve reajuste. Como muitos pecuaristas têm expectativa de preços maiores, o número de negócios, em geral, acabou sendo menor que na quarta e os lotes fechados também envolveram menos animais.Rafael Mendonça, direto da redação, traz mais informações.

Vários criadores de galinhas caipiras optam por produzir a alimentação das aves dentro da propriedade rural. No entanto, é importante se atentar a alguns fatores. É fundamental que a ração seja balanceada corretamente, com ingredientes na quantidade correta e bem preparada. Teresa Herr, pesquisadora da Embrapa Meio-Norte, explica o passo a passo para garantir uma alimentação de qualidade com produção local.

O título de posse de terra garante uma série de benefícios aos produtores rurais; a entrega pelo governo de Minas ocorreu durante o 2º Seminário de Gestores da Agropecuária, em Belo Horizonte. Além de dar ao agricultor segurança contra invasão e grilagem, o título viabiliza o acesso ao crédito rural, com a possibilidade de investimento na propriedade e melhoria da produtividade. Com o documento, o produtor tem acesso às diversas políticas públicas como o crédito rural, abrindo caminhos para investimentos na propriedade e nas atividades produtivas, com geração de emprego e melhoria da renda familiar. Além disso, ele facilita os processos de aposentadoria e a obtenção do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A estimativa é entregar 16 mil títulos até 2026. Da Agência Minas, Sônia Neri tem mais informações.

O Governo Federal tem até esta sexta, 08 de agosto, para sancionar ou vetar a lei que muda o licenciamento ambiental. Até lá, deputados ambientalistas de nove estados pressionam pela derrubada das novas regras. A reportagem é de Emanuelle brasil.

O projeto de lei (PL 3761/2025), do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), cria o Selo Verde Café Amazônia para produtos fabricados de maneira sustentável. Segundo o senador, já existem diversas tecnologias diferentes que permitem o uso da terra para o café sem causar danos ao bioma amazônico, como o sistema de agrofloresta, que integra fauna, flora e a produção agrícola. A proposta segue para o exame das comissões do Senado. Maria Beatriz Giusti tem mais informações direto do Senado.

Entraram em vigor, nesta quarta-feira (6), as tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos. A medida, assinada na semana passada pelo presidente norte-americano Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas aos EUA, o que representa 4% das exportações brasileiras. Reportagem de Pedro Pincer 

O destaque desta quarta-feira dia 06 de agosto, segundo o Cepea, foram os reajustes da carne. O corte dianteiro e a ponta de agulha valorizaram 1,5% no dia. A carcaça casada de boi foi para R$ 21,18/kg à vista no atacado da Grande SP, alta de 1,2%. Atacadistas informam que as vendas estão aquecidas, que tem boa procura, mas, com os resultados recordes das exportações, pode ser que a oferta agregada também esteja um pouco menor. A liquidez no mercado de boi foi boa, com os preços seguindo firmes – a maioria dos negócios saiu nos valores já reajustados no início da semana, mas outros tiveram novos aumentos. Escalas entre 5 e 12 dias. Oferta de reposição é baixa segundo o Cepea. Vamos saber mais detalhes com o Rafael Mendonça, direto da redação.

O mercado das carnes, em especial do boi, passou pelo mês de julho com incertezas. O tarifaço de Donald Trump fez com que frigoríficos parassem os trabalhos até haver alguma sinalização de estabilidade. Pecuaristas de todo o Brasil, diante desse cenário, seguraram as vendas e ajudaram a estimular uma recuperação. Vlamir Brandalizze destaca que, a partir daí, será possível iniciar uma retomada no mês de agosto.

Os indicativos para o mercado do boi em agosto são positivos. Após suportarem a pressão do tarifaço em julho, os pecuaristas voltaram aos negócios e os preços começaram agosto com indicativos de alta. O leiloeiro Moacir Naves chama a atenção, principalmente, para a alta da bezerra, que foi o principal destaque da retomada recente. Ao longo do mês, estão previstas chuvas em algumas regiões do país, o que segundo Moacir, pode ajudar na retomada das criações por pasto.

O mês de julho se encerrou com queda nos preços do feijão. Entre as razões para a desvalorização estão: a entrada da nova safra e mercadoria de menor qualidade sendo colocada à venda. Muitos produtores, em especial de feijão preto, seguem procurando brechas na exportação, mas sem muito sucesso até então. Vlamir Brandalizze chama a atenção para as próximas safras. Diante dos preços aplicados atualmente, cresce a tendência de corte na área plantada e perda de espaço para a soja.

A entrada de agosto trouxe para o arroz melhores perspectivas em relação aos preços. No entanto, os valores ainda não se aproximam do ideal buscado pelos produtores. A saca, atualmente, gira em torno dos R$70. Vlamir Brandalizze ressalta que toda a cadeia se encontra afetada. Arrozeiros não conseguem cobrir custos de produção. O varejo, por sua vez, não consegue lucrar com os preços que tomam conta das gôndolas. 

As tensões comerciais entre Estados Unidos e Rússia têm afetado diretamente o mercado do trigo. Os norte-americanos, na figura de Donald Trump, deram um prazo para que a paz seja selada no conflito com a Ucrânia, sob risco de grandes sanções. Diante disso, produtores russos aceleraram as vendas do cereal, jogando para baixo os preços em Chicago. Vlamir Brandalizze destaca essa situação e o mercado brasileiro. Por aqui, a espera dos triticultores é pelo aumento da demanda de agosto.

O mercado do milho segue com perspectivas positivas para o longo prazo. A expectativa é que em 2026 as cotações atinjam patamares ainda maiores por conta da demanda que deve ultrapassar a produção mundial. Em relação às próximas safras brasileiras, Vlamir Brandalizze mostra preocupação com a compra de insumos. Diante da ameaça dos Estados Unidos de taxar os países que possuem relações comerciais com a Rússia, produtores brasileiros podem ser afetados. Vale lembrar que boa parte dos insumos que chegam ao nosso país vêm dos russos.

O começo de agosto segue cercado pelas tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos. O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou aplicar novas taxas a países que se relacionarem com a Rússia. O Brasil se encontra nessa situação, já que é integrante dos BRICS e compra, por exemplo, insumos agrícolas dos russos. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, comenta esse cenário e chama a atenção para os preços da oleaginosa no mercado interno. Por aqui, a estimativa é que a saca se aproxime dos R$150 até outubro.