Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Mesmo com a safra brasileira de feijão encerrando o ano abaixo de 3 milhões de toneladas e com exportações em ritmo recorde, as cotações seguem acomodadas. O feijão carioca nobre oscila entre R$220 e R$255 e os lotes comerciais variam de R$190 a R$210. A qualidade prejudicada do feijão preto no Centro-Sul do Paraná — afetada por granizo, excesso de chuvas e baixas temperaturas — deve limitar a oferta no início de 2026. Vlamir Brandalizze destaca que esse cenário é reforçado pela Conab, que projeta queda de 8% na produção da primeira safra e indica um mercado mais ajustado para 2026.

A nova estimativa da Conab confirma uma retração na safra brasileira de arroz, com área 7,1% menor e produção revisada para 11,3 milhões de toneladas, queda de 11,5% frente ao ciclo anterior, embora ainda suficiente para atender ao consumo interno. Com o Mercosul também reduzindo a área e expectativa de exportações brasileiras, o mercado começa a sinalizar um cenário mais ajustado para o próximo ano. Vlamir Brandalizze avalia as projeções para o próximo ano, já que 2025 foi marcado por margens negativas para indústria e varejo, e preços estagnados entre R$53 e R$55 por saca de 50kg, em casca, na Fronteira Oeste.

O trigo voltou a ganhar fôlego no mercado internacional com a redução da oferta russa diante da chegada do inverno, impulsionando as cotações em Chicago. No Brasil, porém, o avanço da colheita no Paraná e no Rio Grande do Sul mantém forte pressão sobre os preços, que recuam aos menores níveis do ano. Vlamir Brandalizze associa esse movimento à baixa atuação dos moinhos e à queda sazonal da demanda por farinha em dezembro.

Impulsionado pelo fim do shutdown nos Estados Unidos, o mercado internacional de milho ganhou força em Chicago, com o contrato dezembro se aproximando de US$4,40 e posições longas já rondando os US$5,00/bushel. Diante disso, já há sinais de que produtores americanos podem ampliar a área de milho na safra 2026/27. No Brasil, a Conab projeta produção nacional de 138,8 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo do ciclo anterior. Esse cenário, segundo Vlamir Brandalizze, somado ao ritmo firme das exportações sustenta um viés de preços mais fortes para 2026.

O fim do shutdown nos Estados Unidos, com a aprovação do orçamento pelo Congresso e a assinatura do presidente Donald Trump, destravou o fluxo de dados oficiais e devolveu ritmo ao mercado internacional, impulsionando commodities como a soja em Chicago. Por lá, a oleaginosa já opera acima de US$11,40 para janeiro e US$11,70 para julho. Com a colheita americana praticamente concluída e o plantio brasileiro ainda atrasado, o setor passa a monitorar os próximos relatórios do USDA e o avanço das chuvas no Brasil. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, chama a atenção para as exportações nacionais que seguem em ritmo recorde, com mais de 102 milhões de toneladas embarcadas no ano e a China mantendo liderança nas compras.

A possível retirada das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos ao café brasileiro e a projeção recorde da Stonex para a safra 2026/27 reacenderam a percepção de alívio na oferta global e pressionaram os preços internacionais. Somam-se ao cenário as chuvas acima da média em Minas Gerais e previsões de regularidade climática, fatores que reforçam expectativas de recuperação produtiva. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, destaca que esses fatores contribuíram para a queda do mercado físico, com recuos de R$300 a R$400 por saca em poucas sessões.

Você sabe como fazer uma silagem de milho reidratado? Ela é uma alternativa eficiente e economicamente vantajosa para a alimentação animal. Entenda como funciona o processo de reidratação, quais os benefícios e as etapas para o preparo e armazenamento dessa silagem. Jackson Oliveira, pesquisador da Embrapa Gado de Leite explica pra gente.

O Projeto de Lei (PL 4357/23), aprovado pela Câmara dos Deputados, determina a proibição da desapropriação de terras consideradas produtivas, independentemente da circunstância. Hoje, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, uma propriedade produtiva pode ser desapropriada caso não esteja cumprindo sua função social. De acordo com a nova proposta, somente as terras improdutivas e que não atendam à função social poderão ser desapropriadas. Além disso, o texto estabelece critérios mais rigorosos para caracterizar o descumprimento dessa função. Acompanhe a reportagem de Verônica Lima

Os produtores de leite têm sido um dos que mais têm enfrentado dificuldades não só em todo o estado de Minas, mas também em todo o país. O preço voltou a cair e as importações tiveram novo pico. Políticas de antidumping e desestímulo à compra de produtos lácteos importados são duas das demandas do grupo. Rafael Mendonça traz mais detalhes.

O endividamento dos produtores rurais de Minas Gerais foi tema de debate na Assembleia Legislativa do estado. Entre os pontos abordados, estão a dificuldade no acesso ao crédito rural e a falta de políticas públicas para ajudar o setor.O repórter Flávio Júnior tem mais detalhes direto da Rádio Assembleia.

O saldo da balança comercial de lácteos voltou a piorar em outubro. As exportações recuaram, enquanto as importações aumentaram em outubro em relação ao mês anterior, resultando em um saldo negativo de 203,7 milhões de litros em equivalente leite. Esse valor se aproxima dos níveis registrados em 2024. Rafael Mendonça tem mais informações direto da redação.

O evento “Universo Pecuária – Futuro, Negócios e Sustentabilidade” recebeu a segunda edição do Concurso de Carnes, uma iniciativa pioneira no Brasil e em toda a América Latina, realizada em Lavras do Sul (RS). O encontro é o único no país dedicado a avaliar as qualidades sensoriais da carne bovina.Quem traz mais informações é o repórter Nestor Tippa Junior, da Agência AgroEffective.

O setor de carnes vive um dos momentos mais fortes do ano, com recordes de exportação e alta demanda interna. A carne bovina mantém ritmo aquecido, impulsionada pelo bom desempenho nas vendas externas, enquanto o frango retoma força após a liberação das exportações para a China. O mercado de suínos também acompanha a tendência positiva, consolidando o “complexo das carnes” como destaque das exportações brasileiras neste início de novembro. Vlamir Brandalizze é quem avalia os últimos acontecimentos envolvendo o mercado das carnes brasileiras.

O mercado de gado de corte segue aquecido em todo o Brasil, com valorização dos bezerros e boas perspectivas de rentabilidade para os pecuaristas. Mesmo em período de entressafra e com oferta de animais de qualidade inferior, os preços continuam firmes, especialmente para o bezerro Nelore, que tem alcançado valores elevados nos leilões regionais. As fêmeas também mantêm boa procura, enquanto o mercado de vacas magras mostra leve recuo. O leiloeiro Moacir Naves relata que as margens de lucro têm sido mais expressivas, impulsionadas pela diferença entre o custo de produção e o preço de venda.

O mercado do feijão atravessa um momento de calmaria nas cotações, apesar do bom desempenho nas exportações, que somam mais de 450 mil toneladas embarcadas. O feijão preto e o mungo-verde lideram os embarques. No mercado interno os preços seguem estáveis: o feijão carioca nobre varia entre R$220 e R$255 a saca de 60kg e o comercial entre R$185 e R$210. A colheita no Paraná apresentou baixa produtividade e qualidade, e a oferta reduzida deve pressionar os preços para cima nas próximas semanas. Vlamir Brandalizze aponta que a expectativa é de valorização no início de 2026, diante da perspectiva de menor disponibilidade do grão nos primeiros meses do ano.

O mercado do arroz atravessa o pior momento em cinco anos, com preços em forte queda e pouca movimentação entre produtores e indústrias. A oferta elevada e o alto custo de estocagem têm desestimulado as compras, derrubando as cotações para entre R$53 e R$56 por saca de kg. Vlamir Brandalizze aponta que o setor deve reagir ainda em 2025 mirando o ano que vem, com redução de área cultivada, tanto no Brasil quanto em países vizinhos, o que tende a reequilibrar o mercado.

O mercado internacional de trigo mostra sinais de recuperação, com as cotações em Chicago superando US$5,30 por bushel e mirando US$5,40. No Brasil, a colheita entra na reta final, mas os preços seguem pressionados. As exportações do grão estão paradas em novembro, e as importações continuam em ritmo forte A entrada de trigo estrangeiro em plena colheita nacional pressiona o mercado interno e desanima os produtores. Vlamir Brandalizze destaca que já há uma sinalização de redução na área plantada em 2026, apesar da perspectiva de melhora nas cotações futuras.

O mercado do milho segue em alta, impulsionado pelo otimismo global com o fim do shutdown nos Estados Unidos e pela valorização do petróleo e do etanol americano. Em Chicago, as cotações superam US$4,30 para dezembro. Vlamir Brandalizze destaca a comercialização da safrinha, que já avança, ainda que lentamente. Ao todo, 68,3% do volume foi negociado — abaixo da média histórica de 75%.

O fim do shutdown nos Estados Unidos traz otimismo ao mercado internacional, impulsionando as bolsas e favorecendo a valorização das commodities, especialmente a soja. Com a aprovação do orçamento americano no Senado e a expectativa de sanção presidencial ainda nesta semana, o mercado de Chicago operou em leve alta. No Brasil, seguem as preocupações com o atraso no plantio da próxima safra. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, prevê que os meses de março e abril serão os menos rentáveis ao sojicultor.

Autoridades e especialistas se reuniram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para discutir medidas que estimulem a adoção da energia solar fotovoltaica na agricultura familiar. Apesar dos benefícios da geração autossuficiente — como redução de custos, valorização dos imóveis e incentivo ao desenvolvimento rural —, pequenos produtores ainda enfrentam dificuldades para acessar a geração distribuída de energia limpa. Luiz Felipe Balona tem mais detalhes direto da Rádio Assembleia.