Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

A pecuária brasileira cada vez mais está se desenvolvendo, e os pecuaristas cada dia mais buscam as tecnologias para melhorar sua produtividade. Francys de Oliveira, proseando com o leiloeiro Moacir Naves, trouxe esse ponto nessa última parte do PodCast Rural. Cada propriedade rural tem uma aptidão, e dentro da pecuária, é necessário também avaliar a aptidão, assim como as tecnologias disponíveis e mercado que será atendido pela produção. E o Brasil tem potencial para abrir mais mercado para exportar a produção pecuária? Confira a prosa, e fique mais bem informado

O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, explica que as chuvas isoladas e algumas tempestades têm prejudicado as lavouras de café em alguns pontos do Brasil. Os cafeicultores já começam a visualizar a colheita das duas principais variedades produzidas no país e projetam uma boa safra do conilon acompanhada de uma temporada não tão boa do arábica.

O milho vive um momento de altas nos preços internos. Em meados de setembro do ano passado, o valor da saca se aproximava dos R$69. Neste momento, a cotação já se aproxima dos R$100 em alguns pontos do Brasil. Joãozinho Grafista chama a atenção para as exportações. Os embarques aumentaram em 7 vezes durante a primeira semana de março se comparado com o mesmo período do ano passado.

Em seu último relatório, a Conab projetou um crescimento na produção de algodão no Brasil. Entretanto, Minas Gerais, um dos maiores produtores do país, não deve seguir esse mesmo ritmo. Lício Pena, diretor executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA) explica que o longo período sem chuvas em meio ao enchimento das maçãs pode trazer uma queda de 10% a 15% em relação à colheita no ciclo anterior.

Nós realizamos uma enquete em nosso “Zap Rural” para saber se nossos ouvintes sabem quantos ovos uma galinha produziria por ano. A resposta com mais votos foi a seguinte: 1 por dia e até 345 por ano. As outras opções da enquete eram: 3 por dia e 1080 por ano, de 2 em 2 dias e até 180 por ano. Fato é que alguns fatores influenciam na produtividade de uma galinha, como: raça, idade, condições de vida, entre outros. Uma galinha pode botar um ovo por dia, mas nem sempre. De acordo com a Embrapa, leva de 24 horas a 26 horas para uma galinha produzir um ovo. Se bem cuidada, uma galinha pode viver entre cinco e dez anos. Sobre a produtividade anual, Rafael Mendonça traz mais detalhes direto da redação.

Enquanto os preços do feijão carioca ensaiam uma reação ao longo do mês de março, o feijão preto parece não seguir o mesmo caminho. E por que isso acontece? O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, explica que, após a alta nas exportações do ano passado, vários produtores investiram na variedade. Contudo, não houve boa aceitação e as mesmas oportunidades no mercado externo não foram identificadas. Sendo assim, exceto os produtores que conseguiram fechar contratos, os demais devem ficar atentos para não terem grandes prejuízos.

O Governo de Minas, por meio da Polícia Militar (PMMG), Polícia Civil (PCMG) e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e o Sistema Faemg anunciaram, no último dia 13 de março, a Agenda Positiva para Segurança no Campo. A iniciativa busca garantir a proteção dos produtores rurais, trabalhadores e suas famílias e foi anunciada durante solenidade na sede da Faemg, em Belo Horizonte.

Com conclusão do plantio das culturas de 1ª safra e intensificação dos trabalhos de colheita destes produtos, a atual estimativa para a produção de grãos na safra 2024/25 foi atualizada e está em 328,3 milhões de toneladas, incremento de 10,3% se comparado com o volume obtido no ciclo anterior. O resultado reflete tanto um aumento na área plantada como em uma recuperação na produtividade média das lavouras. Caso o panorama se confirme ao final do ciclo, este será um novo recorde para a produção na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As informações estão no 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela estatal na última quinta-feira (13).

O mercado da soja se agitou ao longo da segunda semana de março. As novas tarifas impostas por Donald Trump a parceiros comerciais foi um dos principais fatores para essa movimentação. Por outro lado, a China voltou a comprar a oleaginosa de produtores norte-americanos, o que ajudou na recuperação parcial das cotações em Chicago. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, chama a atenção para os negócios realizados no Brasil. Por aqui, em meio ao pico da colheita, produtores aproveitam para garantir a troca por insumos de olho na próxima safra.

A grande disponibilidade de arroz em meio ao pico da colheita e as promoções nas gôndolas tem dado ao cereal um alto giro nos supermercados. Apesar da fluidez, as cotações se encontram em desvalorização. Vlamir Brandalizze explica que há um embate de preços entre produtores e compradores.

Joãozinho Grafista chama a atenção para a previsão de chuvas no cinturão cafeeiro neste mês de março. Além de ser importante para a atual safra, as precipitações também interferem na preparação para as safras seguintes. Segundo a Cecafé, a tendência é de queda na produção brasileira também para a safra 2025/26, no entanto, sem riscos para a soberania do Brasil no mercado exportador.

Apesar de ter aberto o mês de março em recuperação, os preços do feijão encontraram dificuldade para ultrapassar a barreira dos R$250/saca para o carioca nobre. Vlamir Brandalizze explica que os empacotadores alegam dificuldade em girar a mercadoria no varejo com o valor em questão. Em contrapartida, os supermercados registraram alta de 15% nas vendas ao longo de fevereiro.

Vlamir Brandalizze destaca que os preços do milho seguem firmes no mercado brasileiro. Há relatos de que a saca já tenha atingido os R$100 em algumas cidades do interior de São Paulo.

Vlamir Brandalizze chama a atenção para as exportações de trigo, que abriram o mês de março em bom nível. No mercado interno, a tendência é de preços mais firmes ao longo do mês de março, impactado pela alta demanda de derivados do cereal nos supermercados.

Os dois primeiros meses de 2025 registraram fortes temperaturas, porém, uma melhor distribuição de chuvas se comparado ao ano passado. Esse cenário faz alguns analistas projetarem um ano de 2026 menos complicado para os cafezais.

Ainda aguardando a aprovação do novo orçamento por parte do Congresso, o Tesouro Nacional suspendeu as linhas de crédito do Plano Safra. Para tentar contornar a situação, o Governo Federal assinou uma medida provisória destinando 4,5 bilhões à agricultura, valor que pouco deve contribuir com a demanda do setor.

Começou a valer, no último dia 10 de março, as novas tarifas de pedágio da BR-040, que liga Cristalina-GO a Belo Horizonte. Os motoristas vão pagar entre R$ 11,30 e R$ 15,50 em cada praça. Em Minas são sete, localizadas em Paracatu, Lagoa Grande, João Pinheiro, São Gonçalo do Abaeté, Felixlândia, Curvelo, e Capim Branco. Motoristas que trafegam constantemente pela região fizeram um “buzinaço” ao passar pelos postos de cobrança em protesto contra o reajuste. Esse é o exemplo mais recente de novas tarifas cobradas pelas estradas mineiras. Os deputados estaduais discutiram esses aumentos e clamaram por preços mais baixos para a população mineira. Flávio Júnior tem mais informações direto da Rádio Assembleia.

A Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei 4280/24 que garante o direito de preferência ao pecuarista no caso de venda de imóvel objeto de contrato de pastoreio. O contrato de pastoreio é um acordo em que o proprietário de uma pastagem recebe animais de um pecuarista para cria ou engorda. Em troca, recebe uma espécie de aluguel. Pela proposta, o proprietário deverá informar a venda da terra ao pecuarista, que terá 30 dias para exercer a preferência de compra.

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira deve superar os R$ 167 bilhões em 2025, com crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. A projeção de crescimento do VBP estadual, calculada com os dados de janeiro, é maior do que a prevista para todo o Brasil, que deve ter acréscimo de 11% e chegar a R$ 1,4 trilhão. Luiz Freitas tem mais informações direto da Agência Minas.

A Comissão de Meio Ambiente aprovou a criação de uma subcomissão permanente para acompanhar ações e políticas de proteção e desenvolvimento sustentável do bioma Cerrado. Autora do pedido de criação e futura presidente do colegiado, a senadora Leila Barros (PDT-DF) disse que mais de 50 por cento do bioma, fundamental para a segurança hídrica do país, já foram suprimidos e, por isso, é fundamental um espaço para debater, monitorar e propor ações em defesa do Cerrado, a savana mais biodiversa do planeta. César Mendes tem as informações direto da Rádio Senado.