Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

O Projeto de Lei 2.481/2025, que proíbe instituições financeiras de oferecer venda casada com o crédito rural, está em tramitação na Câmara dos Deputados. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados já deu o primeiro passo na aprovação da proposta. Pelo texto, os bancos não podem condicionar a concessão de crédito à aquisição de títulos de capitalização, consórcios, aplicações financeiras, investimentos, CDBs, planos de previdência, depósitos em poupança ou seguros. O deputado federal Evair de Melo (PP/ES), coordenador da Comissão de Direito de Propriedade da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), disse, em entrevista ao jornalista Bruno Amorim, que está otimista pela aprovação.

Lançado em julho de 2024 como projeto-piloto, o Conectividade Rural visa levar internet via satélite a comunidades rurais com pouca ou nenhuma conexão, beneficiando inicialmente cerca de 180 famílias em 14 municípios de Minas Gerais. O projeto, que conta com o apoio da Emater-MG, seleciona comunidades com base na carência de internet e viabilidade técnica. Após a instalação dos kits, os moradores dividem os custos mensais do serviço. A iniciativa envolve órgãos estaduais, federais e empresas de telecomunicações. O repórter Luiz Fillipe Balona tem mais informações direto da Rádio Assembleia.

A Comissão de Agricultura aprovou o projeto (PL 2282/2024) que incentiva o plantio de árvores frutíferas na recuperação vegetal de áreas rurais em preservação permanente ou reserva legal. A proposta também proíbe substituir a vegetação nativa por atividades agropecuárias ou industriais. A proposição segue para análise da Comissão de Meio Ambiente. Lana Dias tem mais informações direto da Rádio Senado.

Em audiência pública no Senado, parlamentares, governo e especialistas discutiram o futuro do abastecimento de gás natural no Brasil. O debate destacou a dependência do gasoduto Brasil–Bolívia, a necessidade de diversificação de fornecedores e de investimentos privados em infraestrutura, além da importância de conciliar expansão energética com políticas ambientais. Acompanhe na reportagem de Henrique Nascimento.

O Plenário aprovou um projeto (PLP 168/2025) que cria procedimentos excepcionais para os R$ 30 bilhões em empréstimos e renúncias fiscais destinados pelo governo federal para combater os impactos socioeconômicos das tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A votação dos dois destaques pendentes deve ser concluída na semana iniciada em 29 de setembro. Na prática, essas despesas e renúncias fiscais não serão consideradas nas metas de resultado primário previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal e nos limites de despesa previstos no Novo Arcabouço Fiscal.Acompanhe a reportagem de Pedro Pincer.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu mais tempo para reavaliar o crédito agrícola de R$ 12 bilhões previsto por medida provisória (MP 1.314 e 1.316/25), após críticas de deputados que consideram o valor insuficiente. O crédito é destinado a cerca de mil municípios afetados por desastres climáticos e que tenham decretado estado de calamidade ou emergência em pelo menos dois anos entre 2020 e 2024. Os produtores também precisam ter sofrido duas perdas de no mínimo 20% na produção em duas das três principais atividades agrícolas.Sílvia Mugnatto, da Rádio Câmara, traz mais informações.

Os preços do leite e derivados caíram nesta semana devido à baixa demanda e alta oferta. O leite UHT teve leve queda, a muçarela registrou recuos pontuais e o leite em pó seguiu pressionado pelo mercado internacional, com algumas variações entre os tipos.Rafael Mendonça, direto da redação, tem mais informações.

A indústria brasileira de café deve reajustar os preços ao consumidor em até 15% nos supermercados já a partir de outubro, refletindo a disparada das cotações internacionais e o aumento dos custos de produção. A informação foi confirmada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Segundo a entidade, o novo preço já foi comunicado ao varejo no início de setembro. Enquanto isso, o consumo dá sinais de retração: entre janeiro e agosto, as vendas recuaram 5,4%. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, analisa o mercado físico. A volatilidade derrubou os preços do café arábica, com recuo de até R$ 350 por saca em uma semana, enquanto produtores resistem vender abaixo de R$ 2.500, apostando em nova valorização.

O mercado do café viveu uma semana marcada por forte volatilidade, com oscilações expressivas nos preços e grande influência de fatores políticos e técnicos. Destaque para os rumores sobre uma possível retirada da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao café brasileiro, após declarações conciliadoras de Donald Trump sobre o presidente do Brasil em reunião na ONU. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, destaca que a expectativa de alívio tarifário impulsionou os preços na Bolsa de Nova York, que chegaram a registrar alta de até 1.680 pontos em um único dia, após forte queda anterior.

O prazo para enviar a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) 2025 termina na próxima terça-feira, dia 30 de setembro. Neste ano, a principal novidade é a possibilidade de preenchimento e envio da declaração diretamente pela internet, através do serviço “Minhas Declarações do ITR”, disponível no Portal da Receita Federal, sem a necessidade de instalar programas.Esse novo sistema digital tem sido cada vez mais utilizado e facilita o processo ao oferecer mais praticidade e segurança. Ainda é possível enviar a declaração pelo Programa Gerador ITR 2025, que pode ser baixado no site da Receita.O imposto pode ser pago em até quatro parcelas mensais iguais, contanto que cada parcela seja de no mínimo R$ 50. Se o valor total for inferior a R$ 100, o pagamento deve ser feito em uma única cota. O pagamento da primeira parcela ou da cota única também deve ser feito até o dia 30 de setembro. As demais parcelas vencem no último dia útil dos meses seguintes, com juros baseados na taxa Selic.Devem

Em 2024, o Brasil alcançou a maior produção de leite da sua história, com 35,7 bilhões de litros, um crescimento de 1,4% em relação a 2023, segundo dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) divulgados pelo IBGE. O Sudeste retomou a liderança nacional, com 12,03 bilhões de litros (33,7% do total), superando o Sul, que havia liderado nos últimos três anos. A região Norte manteve a menor participação, com 4,7% da produção nacional, além de registrar uma queda de 4,5% em comparação ao ano anterior.Rafael Mendonça traz mais informações direto da redação.

O setor brasileiro das carnes segue em ritmo acelerado e caminha para fechar setembro com novos recordes de exportação. A carne bovina já ultrapassa 225 mil toneladas embarcadas no mês e deve superar as 260 mil até o fim de setembro, acima das 251 mil do mesmo mês em 2024. No acumulado do ano, os embarques somam 2,065 milhões de toneladas, frente a 1,805 milhão no mesmo período do ano passado. As exportações de carne de frango também seguem em alta, com mais de 375 mil toneladas embarcadas até agora. Vlamir Brandalizze avalia esse número e destaca o papel do Brasil como fornecedor estratégico de proteínas para o mundo.

O mercado do feijão vive um momento de forte valorização, com o feijão carioca nobre já negociado entre R$ 280 e R$ 290 a saca, e expectativa de atingir R$ 300 no início de outubro. O feijão comercial também registra preços entre R$ 210 e R$ 250, refletindo a baixa oferta com o fim da terceira safra. A combinação entre consumo acima da produção e estoques limitados impulsiona o mercado, enquanto o plantio da nova safra avança lentamente, com cerca de 30% a 35% semeados no Paraná. Vlamir Brandalizze destaca que alguns produtores estão preocupados com o impacto de uma recente massa de ar frio sobre o desenvolvimento das lavouras.

O mercado do arroz segue pressionado no Sul do Brasil, com os preços em queda e atingindo os menores patamares desde 2021. Na Fronteira Oeste, a saca já é negociada entre R$ 54 e R$ 58, reflexo da necessidade do produtor em fazer caixa e da falta de liquidez das indústrias. A comercialização está atrasada, com cerca de 50% da safra gaúcha ainda por vender, enquanto novos contratos de exportação seguem escassos. No varejo, o arroz aparece em promoção entre R$ 15 e R$ 17 o pacote de 5 kg. Vlamir Brandalizze ressalta que a expectativa é de maior giro no início de outubro, mês tradicionalmente mais aquecido no consumo.

O mercado do trigo permanece acomodado no curto prazo, com preços em queda no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul, onde os moinhos operam com estoques reduzidos. A colheita avança no Brasil, enquanto no cenário internacional o foco está na finalização das safras do Leste Europeu e dos Estados Unidos. A expectativa de uma queda de até 10 milhões de toneladas na produção da Rússia, principal exportadora global, pode dar fôlego para uma possível reação nos preços a médio e longo prazo. Vlamir Brandalizze comenta sobre esse mercado.

Com clima favorável, especialmente no Sul e no Sudeste, a expectativa é que o plantio do milho possa alcançar entre 3,8 e 4 milhões de hectares. As exportações brasileiras seguem firmes, com 21 milhões de toneladas embarcadas no ano. Vlamir Brandalizze destaca que, no mercado interno, o cenário de estabilidade começa a mudar, com aumento na demanda por parte das indústrias de etanol e ração, que se preparam para os estoques de fim de ano.

A reta final de setembro marca um cenário de contrastes para o mercado da soja. Enquanto nos Estados Unidos a colheita avança dentro da média histórica, no Brasil os embarques seguem em ritmo recorde, ultrapassando 91,8 milhões de toneladas exportadas no ano. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, pondera, no entanto, que o mercado interno permanece acomodado, com queda nos prêmios, dólar pouco favorável e preços nos portos entre R$ 134 e R$ 136 por saca.

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei complementar (PLP 67/25), de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que propõe elevar o limite de faturamento anual do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 81 mil para R$ 150 mil. O valor atual está em vigor desde 2018. Além disso, o projeto determina que esse limite seja ajustado anualmente em fevereiro, com base na inflação do ano anterior, medida pelo IPCA.Sílvia Mugnatto traz mais informações direto da Rádio Câmara.

Minas Gerais avançou na vacinação contra a brucelose em 2025, imunizando 52,8% das bezerras de 3 a 8 meses na primeira etapa, superando a meta mínima de 40% do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A segunda fase já começou e os produtores têm até 31/12 para vacinar os animais e até 10 de janeiro de 2026 para declarar. A meta anual é atingir 80% de cobertura. A brucelose é uma doença que afeta a pecuária e pode ser transmitida aos humanos, e a vacinação é essencial para prevenção e segurança alimentar.Sônia Neri tem as informações

A União Europeia reabriu o mercado para a carne de frango e peru do Brasil, após suspensão iniciada em maio devido a um foco isolado de gripe aviária no Rio Grande do Sul. As exportações foram liberadas nesta terça-feira, dia 23 de setembro, com exceções: o RS só poderá retomar as vendas em 2 de outubro, e produtores em um raio de 10 km do foco, apenas em 16 de outubro. PEDRO LACERDA tem mais informações direto da Rádio Nacional.