Sinopse
Jornalismo independente, progressista e dissidente.
Episódios
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Rua do Mundo: Reino Unido: para quê fazer simples quando se pode fazer complicado? (Opinião)
10/06/2017 Duração: 31minVais ouvir conteúdo original Rua do Mundo, um podcast sobre assuntos internacionais de Bernardo Pires de Lima, Rui Tavares e Sofia Lorena.Neste episódio contamos com Mafalda Dâmaso, correspondente da Rua do Mundo em Londres, e Ricardo Alexandre, editor de política internacional da RTP, para fazer o rescaldo das eleições britânicas, a projeção das suas consequências nas negociações do Brexit e a análise dos bons resultados do Labour de Jeremy Corbyn.Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.pt/contribuir/?utm_source=podcast+appSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Tiago Gillot sobre precariedade (Entrevista)
08/06/2017 Duração: 51min“(…) A minha parte do dinheiro servirá para pagar dívidas à Segurança Social. Parece-me que é um fim nobre. Não sei se é costume dedicar-se este tipo de prémios a alguém, mas vou dedicá-lo. A todos os jornalistas precários. Passado um ano da publicação destas reportagens, após quase três anos de trabalho como jornalista, continuo a não ter qualquer contrato. Não tenho rendimento fixo, nem direito a férias, nem protecção na doença nem quaisquer direitos caso venha a ter filhos. Se a minha situação fosse uma excepção, não seria grave. Mas como é generalizada – no jornalismo e em quase todas as áreas profissionais – o que está em causa é a democracia. E no caso específico do jornalismo, está em risco a liberdade de imprensa. Obrigado.”Fará 10 anos em setem
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Shahd Wadi sobre a ocupação da Palestina (Entrevista)
31/05/2017 Duração: 53minEm 1948, cerca de 700,000 palestinianos fugiram ou foram expulsos das suas terras. Israel, para os palestinianos um “estado colonizador”, vinha ocupando parcelas de terreno que pertenciam à Palestina histórica, exigindo para si que esta fosse a sua casa, o seu país. O conflito entre Israel e Palestina dura há quase 100 anos e ainda hoje, passados 69 desde a Nakba - o exílio de 700,000 palestinianos em 1948 - a maioria das famílias palestinianas refugiadas guardam consigo a chave das suas casas. “É o símbolo do regresso dos palestinianos.”, diz-nos a Shahd Wadi, doutorada em Estudos Feministas.Contudo, o regresso a casa parece hoje mais difícil do que nunca, e o número de palestinianos refugiados vem acumulando histórias de vida com o passar do tempo. Em 2015, segundo a ONU, existiam 5 milhões de refugiados palestinianos.A Shahd é palestiniana, apesar de ter nascido no Egipto e vivido toda a sua i
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Centenas dizem não à cultura da violação (Reportagem)
28/05/2017 Duração: 39minEstivemos na concentração “Mexeu com uma, Mexeu com TODAS. Não à cultura da Violação!”. As mulheres em discurso direto, pelo direito a não serem abusadas. Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.pt/contribuir/?utm_source=podcast+appSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Mojana Vargas sobre dados étnico-raciais (Entrevista)
24/05/2017 Duração: 50minDepois das eleições legislativas de 2015, 230 deputados ocuparam os seus lugares na Assembleia da República . Apenas um desses deputados e deputadas era negro. . Hélder Amaral, do CDS-PP, contava por cerca de 0,43% do número total de deputados que representam pouco mais de 10 milhões de habitantes.Será que em Portugal temos apenas 0.43% de negros e negras? Há quem diga que não, que estupidez, que o número é até maior do que 10%. Outros diriam que sim, que é capaz de estar 0,43% perto da verdade. Ora, a verdade é que não se sabe. Não se sabe ao pesquisar no Google, nem ao procurar por documentos oficiais do Governo. Isto acontece porque, ao contrário de países como o Brasil, os Estados Unidos da América, o Chipre, o Reino Unido, a Irlanda, a Hungria, a Jamaica, o Senegal, o México, a Austrália, a Croácia, a República Checa (entre outros), Portugal n&at
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Manifestação "Diretas Já! Fora Temer!" (Reportagem)
23/05/2017 Duração: 19minDurante a tarde do dia de ontem, dezenas de pessoas juntaram-se na Praça Luís de Camões, em Lisboa, manifestando-se contra o Governo brasileiro liderado pelo Presidente Temer. Ao som de festa que a música brasileira trazia consigo, gritavam "Fora Temer" e por novas eleições diretas.Desde o impeachment de Dilma Roussef em 2016 que continuam as manifestações do povo brasileiro contra as reformas do novo Governo que configuram cortes sociais em áreas como a Educação e a Saúde. A isto, juntou-se na última semana a divulgação de denúncias e gravações de conversas em que expõem práticas de corrupção do presidente Michel Temer. A resposta do povo brasileiro foi o instensificar das manifestações, enchendo as ruas do Brasil e um pouco por todo o mundo.O É Apenas Fumaça acompanhou a manifestação "Diretas JÁ! FORA Temer!
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Rua do Mundo: Brasil, enquanto se espera por mais um impeachment? (Opinião)
23/05/2017 Duração: 44minVais ouvir conteúdo original Rua do Mundo, um podcast sobre assuntos internacionais de Bernardo Pires de Lima, Rui Tavares e Sofia Lorena, hoje em conversa com Mathias de Alencastro, corresponde em São Paulo.O Brasil parece ter interrompido a sua caminhada para a normalização democrática e deixado sem resposta os anseios de modernização e justiça da sua população. Pouco mais de um ano após o impeachment da Presidente Dilma, novas denúncias e gravações expõem as práticas de corrupção nos mais altos escalões da República, desde o Presidente Temer até ao ex-candidato Aécio Neves. Conversamos com o cientista político Mathias de Alencastro para saber quais são os cenários de futuro para o país, se há hipóteses de reformar o sistema político brasileiro, como está a reagir a sociedade brasileira a esta enorme
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José Semedo Fernandes sobre a Lei da Nacionalidade (Entrevista)
17/05/2017 Duração: 53minHoje, quem nasce em Portugal não é automaticamente português. Segundo a lei, quem nascer em território português apenas tem a nacionalidade se tiver pai ou mãe portuguesa, ou se os seus os seus pais forem estrangeiros e "aqui residam com título válido de autorização de residência há, pelo menos, 6 ou 10 anos, conforme se trate, respectivamente, de cidadãos nacionais de países de língua oficial portuguesa ou de outros países”.Milhares de pessoas sofreram e sofrem ainda hoje impactadas por uma lei que os trata como imigrantes no país onde nasceram. Dizem-lhes que terão de submeter-se ao processo exigido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras até serem considerados imigrantes legais caso queiram ter parte dos seus direitos assegurados, ou a qualquer altura poderão ser deportados para uma terra que nunca pisaram.Conversámos sobre isso e sobre como esta lei
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Mariana Mortágua sobre a dívida (Entrevista)
10/05/2017 Duração: 42minA discussão sobre se as finanças devem estar no topo das preocupações políticas é importante, mas o importa ainda mais perceber são as consequências que a sua linguagem traz para a ligação das pessoas à política.É recorrente hoje em dia ler-se notícias e ouvir-se representantes a utilizar jargão financeiro e económico enquanto se debruçam sobre os problemas portugueses e as soluções para o país. "Troika ainda tem mais de um quarto da dívida pública portuguesa", diz o Jornal de Negócios, "FMI melhora previsão do défice para 1,9% em 2017", diz a SIC Notícias, "Juros da dívida de Portugal a subir a 2, 5 e 10 anos", diz o Diário de Notícias. É preocupante para a democracia que o tipo de linguagem utilizado nas notícias em destaque nos jornais sejam acessíveis apenas a uma pequena parte da popul
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Marcha Global da Marijuana (Reportagem)
08/05/2017 Duração: 22minA legalização da canábis é um assunto que começa a aparecer na ordem do dia em vários países. Algo que há uns anos atrás era impensável nos Estados Unidos, concretizou-se já em alguns dos seus estados, sendo o caso mais falado e debatido, o do estado do Colorado. Outros países, como o Uruguai ou o Canadá, estudam agora modelos de legalização da marijuana.Este assunto trouxe também para a rua mais de uma centena de pessoas no Sábado passado, dia 6 de Maio, que fizeram o percurso entre o Rato e o Miradouro de S. Pedro de Alcântara, entoando palavras de ordem contra "a Finança" e o actual governo, e pedindo Marijuana legal, "como a Imperial".Estivemos mais uma vez Na Rua, para perceber o que achavam os manifestantes das eventuais implicações económicas, legais, e de saúde de um acesso regulado à cannabis. Tentámos perceber também como
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Rua do Mundo: Na França de Macron: e depois da festa? (Opinião)
08/05/2017 Duração: 34minVais ouvir conteúdo original Rua do Mundo, um podcast sobre assuntos internacionais de Bernardo Pires de Lima, Rui Tavares e Sofia Lorena, hoje com a participação de Catarina Falcão, correspondente em Paris.As eleições presidenciais em França foram seguidas com ansiedade na Europa e no mundo. Depois de um ano em que o nacional-populismo celebrou a vitória do Brexit no Reino Unido e de Trump nos EUA, importava saber se essa tendência se confirmaria com um resultado positivo para Le Pen, ou se seria contida com uma vitória de Emmanuel Macron. Na noite da vitória de Macron foi celebrada uma barragem efetiva à Frente Nacional, ainda que desta vez sem "frente republicana". Mas depois da festa, importa perguntar: qual será o significado da vitória de Macron na política francesa e europeia?Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.
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Sofia Branco sobre mutilação genital feminina (Entrevista)
05/05/2017 Duração: 51minEm 1999 a Sofia Branco, com quem conversamos no episódio de hoje e que na altura trabalhava no Público, foi a única jornalista a assistir a uma conferência de imprensa em Lisboa. Falava-se de mutilação genital feminina.A partir desse dia trabalhou o tema afincadamente, que na época era completamente desconhecido na sociedade Portuguesa. Meninas em África eram mutiladas, cortavam-lhes os genitais a sangue frio, e marcavam-nas para a vida. Hoje, passados 18 anos, o fenómeno persiste. Segundo a UNICEF pelo menos 200 milhões de mulheres e meninas foram submetidas à mutilação genital feminina. Em países como a Somália, de acordo com a mesma organização, isto representa cerca de 90% da população feminina entre os 15 e 49 anos de idade, e na Guiné Bissau, antiga colónia Portuguesa e que conta com vários imigrantes viver em Portugal, é 50%. Mas porquê? C
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Festival Política: Qual é o papel do jornalismo independente na democracia? (Entrevista)
02/05/2017 Duração: 01h10minO Pedro Santos, do É Apenas Fumaça, moderou, na primeira edição do Festival Política, um debate sobre jornalismo independente. Na mesma mesa, juntou-se a ele a Carla Fernandes, da Rádio AfroLis, o Diogo Cardoso, da Divergente, e o Paulo Querido, da newsletter Hoje.Debateu-se o papel do jornalismo independente e a diferença entre ele os media tradicionais e como se financiam estes projetos.Podem ouvir o debate completo, aqui.Até já, Ricardo Ribeiro.Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.pt/contribuir/?utm_source=podcast+appSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Nas ruas pediu-se um 25 de Abril para a Europa (Reportagem)
28/04/2017 Duração: 49minO É Apenas Fumaça esteve Na Rua mais uma vez e desceu a Avenida da Liberdade acompanhado por milhares de pessoas que celebravam o 43º aniversário do 25 de Abril e se manifestavam para que a revolução continue.Dezenas de associações e causas se representaram enquanto gritavam e cantavam à liberdade. Conversámos com algumas das pessoas que sairam à rua e falámos sobre o que para eles significa esse dia. Ouvimos quem viveu a revolução, a quem ela lhe foi contada e quem a conta hoje aos seus filhos e família.Ajuda-nos a ser a primeira redação profissional de jornalismo em Portugal totalmente financiado pelas pessoas: https://fumaca.pt/contribuir/?utm_source=podcast+appSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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25 de Abril: as estórias que a história não conta (Especial)
25/04/2017 Duração: 01h25min“Foi bonita a festa, pá”, é o que diz Chico Buarque, brasileiro, e o que diz também o povo português sobre o 25 de Abril. Uma festa com cravos e sem escravos, e sem combates, e sem mortes, e sem tiros de espingarda mas com flores dentro dos seus canos. Uma festa em que o povo saiu à rua depois da "Grândola Vila Morena" e do “E Depois do Adeus” e seguindo os militares que iam ao Terreiro do Paço desde Santarém.Esta é a história oficial, aquela que é contada pelos livros e a que contam os professores e as professoras aos seus alunos enquanto elaboram sobre a coragem dos capitães de Abril a tomar a liberdade contra o regime.A importância do 25 de Abril para Portugal é inegável e muito há que celebrar quem o cumpriu, mas teria havido 25 de Abril não houvessem Lutas de Libertação Nacional? O que é feito dos não heróis? Daqueles que não
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Festival Política 2017 (Reportagem)
23/04/2017 Duração: 19minO É Apenas Fumaça esteve na sexta-feira e no sábado passados na primeira edição do Festival Política, para mais um Na Rua. O festival teve uma série de debates, workshops e filmes sobre o afastamento da política por parte das pessoas, tendo como tema central a abstenção.Conversámos com a Ermelinda Kuka Bragança sobre se a taxa de abstenção é representativa das pessoas que não se interessam por política e sobre a Democracia como algo que se cumpre todos os dias, e não apenas no dia de voto. O João Miguel falou-nos sobre como os jovens têm participado nos movimentos sociais em Portugal e como os media tradicionais não os têm coberto. A Margarida falou-nos sobre se o voto obrigatório deveria ser implementado em Portugal e o Jair Rattner, jornalista brasileiro, contou-nos sobre como o voto funciona no Brasil, onde é obrigatório.Até j&aa
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Deniz Mardin sobre o referendo na Turquia (Entrevista)
20/04/2017 Duração: 17minA 15 de Julho de 2016 os destaques dos jornais em Portugal falavam da possibilidade do governo turco, chefiado pelo presidente Tayyip Erdogan, cair. Uma tentativa de golpe de estado Estado militar liderada pelas Forças Armadas Turcas tentava derrubar o regime. Por dois dias se manteve a dúvída, e por dois dias manteve, o regime, a ideia de que tudo estava controlado. "Há medo de se expressar, mesmo nas redes sociais. Com um só Tweet, podes ser preso.". Este é, segunda a Deniz Mardin, o resultado do estado de emergência implementado depois da tentativa de golpe de Estado de há mais de 8 meses e consecutivamente prolongado desde aí. Desde a tentativa de golpe de Estado que mais de 100 organizações de media foram fechadas e mais de 40000 pessoas foram presas, segundo o Turkey Purge. Hoje, a Turquia é o país do mundo com mais jornalistas detidos.Foi com este clima que no último domingo um referendo para uma altera&cce
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Manifestação contra campos de concentração para gays na Tchetchénia (Reportagem)
19/04/2017 Duração: 13minA 1 de Abril de 2017 o jornal russo, Novaya Gazeta, publicou uma reportagem que denunciava a existência de campos de concentração para homossexuais na Tchetchénia, uma das repúblicas da federação Russa. Falavam de cerca de 100 homens detidos, torturados, e forçados a revelarem os nomes de outros homossexuais na região, e 3 mortos. De acordo com Svetlana Zakhorova, membro de uma associação russa de direitos LGBT que falou com o jornal MailOnline, há testemunhos de homossexuais que conseguiram escapar e que contam que as autoridades tchetchenas colocavam entre 30 a 40 homens na mesma sala para serem eletrocutados, espancados, levando mesmo até à morte de alguns deles.O governo regional da Tchetchénia já veio negar a existência destes campos através do porta voz Alvi Karimov afirmando que "não existem homossexuais na Tchetchénia" e que os homens daquela região "tê
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Sinan Eden sobre o referendo na Turquia (Entrevista)
17/04/2017 Duração: 16minDesde uma tentativa falhada de golpe de Estado, em Julho de 2016, a Turquia vive debaixo de um estado de Emergência, decretado oficialmente. Na sequência do mesmo, mais de 40,000 pessoas foram detidas, algumas presas, e muitas mais demitidas de cargos públicos.Foi neste clima que se realizou, a 16 de Abril de 2017, um referendo que propunha alterações à Constituição Turca. A vitória do “Sim” neste referendo implica a alteração no sistema governamental turco, transformando-o efectivamente num sistema Presidencial, ao invés do sistema Parlamentar que vigora. As alterações previam ainda mais poderes para o Presidente como o de repetição de eleições, o de decisão do Orçamento de Estado, e o de nomeação de ministros e vice-Presidente.Falámos com o Sinan Eden, cidadão Turco que vive em Portugal há mais de 5 anos, sobre os resultados
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Maria João Pires sobre feminismo e as mulheres na sociedade (Entrevista)
15/04/2017 Duração: 47minA 27 de Dezembro de 2016, na capa do jornal Público lia-se escrito a vermelho e a amarelo: "O que esperar de 2017 - Dez cronistas do Público antecipam o que vai mudar em Portugal e no mundo". Logo abaixo deste título estavam enfileirados os tais 10 cronistas com as habituais fotografias que acompanham as suas crónicas regulares.Tudo teria passado mais ou menos despercebido não fosse o olhar atento de alguns e de algumas. Um desses olhares veio da página de Facebook Mulher Não Entra que foi rápida em realçar o facto de que daqueles 10 cronistas 0 eram mulheres. Não terão as mulheres nada para dizer sobre Portugal e o mundo? Ou não farão elas futurologia? Será esta capa do Público caso único? Não, não é caso único, e para confirmar esta falta de representatividade das mulheres no espaço público basta seguir-se a página do Mulher Não Entra. V&aacu