Reportagem

‘Céu Tupinambá’: exposição na França resgata cosmologia e o manto sagrado indígena

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Sinopse

O manto sagrado contemporâneo dos Tupinambá chega pela primeira vez a uma galeria de arte, na França. A exposição, com obras de Glicéria Tupinambá, artista, ativista dos direitos indígenas e doutoranda em antropologia, acontece na Galeria Ricardo Fernandes, em Saint-Ouen, ao norte de Paris. Patrícia Moribe, da RFI em Paris Reconhecida como uma das figuras mais importantes da arte contemporânea indígena no Brasil, Glicéria une arte, espiritualidade e ativismo cultural, com foco na preservação da memória de seu povo. A inspiração para o projeto Céu Tupinambá surgiu de uma experiência pessoal da artista durante um período de detenção, em 2010, quando lutava pela demarcação de seu território. Ao observar uma criança dançar para o céu, Glicéria passou a buscar o conhecimento ancestral que foi apagado. Ela explica que o projeto visa resgatar saberes silenciados pela colonização. "Os Tupinambás sabiam nomear todas as constelações, como as Três Marias, o Caminho da Anta, essenciais para a navegação e as caminhadas. E