Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) avalia que a missão do Senado nos Estados Unidos foi exitosa ao adiar o tarifaço americano para o dia 6 de agosto e salvar 694 itens da sobretaxa, como aviões e suco de laranja. E alertou que, se Brasil mantiver compra do diesel russo, um projeto dos EUA pode taxar outros produtos em 500 %. Marcella Cunha tem mais informações direto da Rádio Senado.

De acordo com a equipe de estudos “Boi Cepea”, alguns negócios foram realizados a preços maiores na virada de julho para agosto, porém a maioria segue em estabilidade e a carne com ligeiros reajustes. Por ser início de mês, o movimento nos supermercados deve aquecer ao longo dos próximos dias. Fica a expectativa pelas exportações e os negócios para abate. Rafael Mendonça, direto da redação, traz mais informações.

Já está em vigor no Brasil a Lei N. 15.021, de novembro de 2024. Ela trata sobre o controle e fiscalização do material genético animal e da obtenção e fornecimento de clones de animais domésticos para produção zootécnica. A lei também diz respeito à importação, exportação, manipulação e comercialização desses materiais, além de estabelecer penalidades. E como essa legislação pode beneficiar a pecuária brasileira? Para responder a esse questionamento, Nathália Fernandes recebe Martha Bravo, Auditora Fiscal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na visão dela, a nova lei é um marco histórico para o agro brasileiro.

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou, recentemente, a portaria que traz os prazos de implementação do programa para bovinos e bubalinos. O Programa Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), que prevê a rastreabilidade obrigatória dos animais no país, terá quatro etapas de implementação ao longo do período de 2025 a 2032, conforme prevê a portaria do Ministério.A partir de 1º de janeiro de 2033, todos os bovinos e búfalos deverão estar identificados e cadastrados no sistema, sendo vedada a movimentação de animais fora do padrão estabelecido.Em entrevista ao jornalista Estevão Damázio, o coordenador de Produção Animal da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), João Paulo Franco, explica que a rastreabilidade bovina é um sistema que permite acompanhar e monitorar toda a trajetória de um animal. Esse processo envolve o registro e a documentação de informações sobre a origem do animal, seu manejo, alimentação, vacinas e outros cuidados. 

Qual é a maior raiz de mandioca de Montes Claros, no Norte de Minas, da safra 2025? E a mais pesada? Um concurso promovido pela Emater-MG durante a 51ª Expomontes trouxe a resposta. E o mais interessante: a vencedora veio da produção familiar. Acompanhe na reportagem de Edilson Nicolau.

Leite cru, coalho, pingo e sal. Esses são os ingredientes básicos do tradicional Queijo Minas Artesanal, mas o que realmente dá personalidade à receita são os inúmeros segredos por trás dela. O sabor, a textura, os aromas e as características regionais da iguaria podem ser influenciados por diversos fatores, como o tipo de rebanho, as condições climáticas, a localização geográfica e as técnicas de produção utilizadas.Com o objetivo de compreender melhor esses elementos, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está à frente de um projeto que busca identificar e registrar os microrganismos presentes nestes queijos. A iniciativa pretende formar uma coleção microbiológica, batizada de “Queijoteca Artesanal”.João Pedro Ribeiro, da Agência Minas, traz mais informações.

A importância dos polinizadores é incontestável. Mais de 87% das espécies de plantas angiospermas dependem da polinização biótica. Os polinizadores em geral têm um papel de destaque em termos econômicos, uma vez que cerca de 70% das culturas agrícolas em todo o mundo dependem do serviço ecológico desse grupo de animais. Nesse contexto, as mariposas, especialmente os esfingídeos, são fundamentais, pois praticamente todas as espécies desse grupo são polinizadoras efetivas. Quem traz mais informações é Amabílio Camargos, entomologista da Embrapa Cerrados.

A agilidade na identificação correta de pragas é muito importante para o agricultor e para o meio ambiente no momento de estabelecer estratégias de controle. Amabílio Camargos, entomologista da Embrapa Cerrados, traz informações sobre a necessidade de se fazer uma abordagem direta e rápida para a identificação de insetos na lavoura, mas também as dificuldades de se identificar as pragas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30), o decreto que oficializa as tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. No entanto, alguns itens ficaram de fora da tributação, como o suco de laranja, do qual os norte-americanos são dependentes. Rafael Mendonça, direto da redação, tem mais informações.

O mercado brasileiro de carnes enfrenta uma leve pressão de baixa nos preços, influenciada pela nova tarifa de 50% imposta pelos EUA, que entra em vigor no próximo dia primeiro. O destaque vai para a carne bovina, cujas cotações caíram, em média, de R$310 para R$290 no mercado paulista. Apesar disso, Vlamir Brandalizze destaca que as exportações seguem fortes: o mês de julho já bateu recorde histórico com 243 mil toneladas embarcadas de carne bovina, superando as 237 mil toneladas de julho do ano passado. 

Apesar da preocupação com a nova taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre a carne brasileira, o mercado pecuário segue firme. Ainda há dúvidas sobre o real impacto da tarifa: se será adicional ou sobre os impostos já existentes. A expectativa é que o governo brasileiro dialogue com os EUA para negociar melhores condições. O leiloeiro Moacir Naves pontua que apesar dos desafios, o Brasil continua tendo na China seu maior comprador de carne, seguido pelos EUA (com cerca de 16% das exportações). Os pecuaristas acreditam que a diversificação de mercados e a manutenção da qualidade do rebanho são estratégias essenciais para enfrentar esse cenário.

O mercado do feijão deu sinais de recuperação nos últimos dias de julho, com o fim da colheita da segunda safra. Muitos produtores estão armazenando feijão tipo 9 de alta qualidade em câmaras frias, aguardando preços melhores. As cotações do feijão carioca nobre variam entre R$200 e R$240, com negócios em Minas Gerais chegando a R$250. Vlamir Brandalizze projeta que a partir de agosto, com o fim da colheita regular e entrada apenas do feijão irrigado, o mercado deve registrar uma pressão de alta mais consistente.

As importações de trigo em julho chegaram a  512 mil toneladas. O valor é abaixo do volume do mesmo mês em 2024. O acumulado anual, no entanto, é de 4,09 milhões de toneladas, acima do ano anterior. Vlamir Brandalizze destaca que o mercado interno permanece lento, com preços em queda. A colheita segue nos estados centrais.

A colheita de sorgo no Brasil avança, com mais de 70% já colhida nos estados de Goiás, Mato Grosso, Bahia, Tocantins e parte do Maranhão. A safra brasileira é considerada recorde, podendo atingir cerca de 6 milhões de toneladas, impulsionada pelo uso de tecnologias que resultaram em altas produtividades. Nos Estados Unidos, Vlamir Brandalizze explica que a safra apresenta atraso no desenvolvimento: 39% das plantações estão na fase de formação de cacho, abaixo da média de 43%. Além disso, apenas 56% das lavouras são classificadas como boas ou excelentes, o que está abaixo do ideal esperado para o período. A situação americana é relevante para o Brasil, já que há potencial de abertura do mercado chinês, o maior comprador global de sorgo.

A colheita do milho safrinha segue a todo vapor, com a intensificação dos trabalhos se dando ao longo do mês de julho. De forma paralela, as exportações também começam a melhorar, tal como as demandas dos setores de ração e etanol que devem crescer a partir de agosto. Vlamir Brandalizze também comenta sobre a qualidade do cereal colhido. Segundo ele, o número de lavouras excelentes cresceu em relação ao ano passado. Por outro lado, as boas diminuíram.

O mercado do arroz no Brasil apresentou leve pressão positiva nos preços ao longo das últimas semanas de julho. A oferta por parte dos produtores diminuiu após um período de forte pressão, com muitos optando por vender somente a partir de outubro ou novembro. Vlamir Brandalizze chama a atenção para a próxima safra do Mercosul. O plantio começa em breve no Paraguai e Argentina, e no início de setembro no Uruguai, com expectativa de queda de até 20% na área cultivada. A combinação de menor oferta e aumento da demanda tende a manter o mercado aquecido.

As vendas de soja vão fechar o mês de julho em excelente ritmo. As exportações no ciclo atual seguem batendo recordes e devem influenciar no plantio da próxima safra. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, destaca que há a tendência de aumento de área cultivada e até mesmo avanço sobre outras culturas, como feijão e cana-de-açúcar.

Vlamir Brandalizze também destaca a fragilidade do mercado do boi nos últimos dias. No entanto, mesmo com os temores do tarifaço, o balanço das exportações segue positivo para as principais proteínas brasileiras.

O mercado do feijão, especialmente o carioca, começa a reagir após o fim da colheita da segunda safra. Os preços já atingem, por exemplo, R$ 230 em Minas Gerais. Vlamir Brandalizze ressalta que produtores que armazenaram feijão em câmara fria estão aguardando valorização entre R$ 50 e R$ 100 por saca para cobrir os custos de produção e estocagem. Isso deve limitar a oferta no curto prazo.

O mercado do arroz mostrou recuperação em julho, e as cotações no Rio Grande do Sul voltaram para a casa dos R$ 70. A valorização vem após um longo período de preços baixos, pressionando a indústria a ajustar os valores dos pacotes, que vinham sendo vendidos abaixo do custo. Com a melhora nas cotações, Vlamir Brandalizze projeta o fim dos pacotes de 5 kg a R$ 13,99 nas prateleiras. A indústria e o varejo não conseguem mais sustentar os preços baixos, e o arroz mais barato já custa entre R$ 20 e R$ 24.