Ficções

Nesse episódio analiso a possibilidade do desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão como instâncias indissociáveis nas instituições de ensino brasileiras. Pra mim, esse tipo de demanda acaba prejudicando justamente o ensino, o aspecto que deveria ser prioridade nestas instituições. Será o ensino apenas uma ilusão?

A utopia revela uma certa ingenuidade – por nos dedicarmos a criar aquilo que é impossível de alcançar e realizar – mas a falta desse tipo de reflexão pode ser mais nociva do que parece. Aqui discuto a utopia como uma reflexão necessária para o desenvolvimento da sociedade, algo que nos falta cada vez mais. 

A violência é, em geral, tratada como algo que foge à essência da humanidade. Mas será mesmo assim? Desconfio que a violência está na base de todas as ações humanas, tanto para o bem como para o mal. Nesse episódio falo sobre a violência considerando se ela não é tão natural quanto qualquer outra circunstância de nossa existência. Complementos: Violência, Slavoj Žižek Leviatã, Thomas Hobbes

Os videogames são, essencialmente, um produto de entretenimento. No entanto, a possibilidade de se abordar temáticas filosóficas não é incompatível com nenhuma forma de expressão cultural. Neste episódio analiso os videogames como possibilidade de desenvolvimento lúdico e aponto três jogos que, para mim, mostram ser possível conciliar entretenimento e filosofia por meio da simulação dos games. Complementos: Bioshock Portal Braid Por que eu trouxe Pac-Man ao MoMA (TED Talks) Por que a Nintendo ainda é a empresa mais relevante da indústria dos videogames?

Sem a dúvida não existe processo filosófico, mas o ato de duvidar pode também nos paralizar se deixarmos essa ação se transformar em um ceticismo extremo. Neste episódio analiso a ambiguidade da dúvida, procurando apontar, especialmente, seus benefícios para o filosofar. Complementos: Meditações Metafísicas, Descartes A dúvida, Vilém Flusser

Já faz mais de um ano que eu comecei com o Ficções. O primeiro episódio foi publicado em Maio de 2014 e de lá pra cá algumas coisas mudaram. No começo os episódios eram muito espaçados e fiquei mesmo alguns meses sem publicar episódio algum. Além disso, a produção – que já não é lá essas coisas – era mais simples ainda. Só agora no começo de 2015 é que o podcast engrenou, eu comecei a adotar um formato mais padronizado e passei a publicar episódios semanais. O Ficções é um podcast bem simples e é algo que me dá muita satisfação em fazer. Mas passado um ano de existência, e chegando no 25º episódio, meio que me deu uma vontade de compartilhar um pouco da sensação de solidão que tenho fazendo esse podcast. Gravei esse episódio em uma manhã de frio aqui em Brasília. Eu estava fora de casa e, pensando sobre a pauta dos próximos programas, senti vontade de gravar, ali mesmo, naquele espaço bucólico no meio dessa cidade enlouquecida, uma reflexão sobre as minhas reflexões. Enfim, esse é um podcast sobre o podcast.

A ciência é uma das obsessões da modernidade. Acreditamos que aquilo que é “cientificamente comprovado” é sinônimo de verdade e por isso sonhamos com um mundo em que a ciência possa ser ainda mais efetiva do que é hoje. Nesse episódio analiso as implicações da nossa crença no fazer científico e a importância desta forma de conhecimento em nossas vidas. Imagem: detalhe da pintura “O sonho da razão produz monstros”, de Goya. Complementos: A Ciência como vocação , Max Weber O que é ciência afinal?, Alan Chalmers Ciência com consciência, Edgar Morin Artigos mencionados: How video gaming can be beneficial for the brain – Max Planck Institute for Human Development, Berlin Avisa lá sua mãe: os videogames realmente deixam mais inteligente – YOUPIX Ciência comprova: Mario, além de divertido te deixa mais inteligente!  – UOL Jogar Super Mario pode aumentar a sua inteligência – EXAME

O acaso é uma possibilidade real? Ou será que estamos determinados pelo destino? A nossa compreensão da realidade não é precisa o suficiente para que possamos encontrar uma solução. Mas acredito que, mesmo assim, a reflexão sobre o acaso é necessária. 

Pra muita gente existe uma separação entre livros impressos e digitais. Em uma situação limite isso implica, inclusive, em uma morte do livro e consequentemente da leitura. Mas se a cultura digital nos permitir mais acesso e mais possibilidades de leitura, isso não vai ampliar os espaços de leitura? 

O termo “gamificação” pode ser um pouco recente, mas a ideia de tratar a própria realidade como um jogo, não. Nesse episódio eu analiso o tema, considerando a questão da gamificação como algo bem mais natural do que parece ser. 

Neste episódio discuto a relação entre Cinema e Filosofia. Aqui a questão é mais do que apenas apresentar filmes que possuem teor filosófico, mas sim considerar o Cinema como uma linguagem artístico/filosófica em sua essência. Livros mencionados no episódio: O que Sócrates diria a Woody Allen – Juan Antonio Rivera O cinema pensa – Julio Cabrera Nesse episódio utilizei como sonorização trechos de áudios dos seguintes filmes: Sound of Noise (2010) Un Chien Andalou (1929) All that Jazz (1979) O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001) Bleu (1993) Top Hat (1935)

Neste episódio analiso o mito a partir de suas características essenciais e discuto sua permanência nas sociedades modernas. O aspecto simbólico do mito ainda é importante para cada um de nós. No entanto, quem assume o papel de narrar os mitos que nos definem e nos colocam diante das questões essenciais de nossa existência? 

Neste episódio eu falo sobre cidades. O surgimento da Filosofia tem conexão com o desenvolvimento dos centros urbanos, principalmente por conta da possibilidade de interação e troca de informações e conhecimentos. No entanto, a diversidade cultural deixou de ser a marca da vida nas cidades, que hoje abrigam cada vez mais pessoas acomodadas às suas rotinas. O que a vida nas cidades ainda pode nos oferecer? A música que toca no final do episódio é Drug Song (RENMINBI). Complementos: Richard Sennett – Carne e Pedra

A privacidade ainda é um valor importante na atualidade? Complementos: Vigiar e Punir – Michel Foucault What´s on your mind? – vídeo sobre o Facebook comentado no episódio.

Vivemos em uma cultura de excessos, em que falamos demais e sobre todas as coisas. Por que é tão difícil ficar em silêncio? Complementos: Tractatus Logico-Philosophicus – Ludwig Wittgenstein

Um dos males de se apreciar uma coisa é que a gente fica com vontade de se envolver com ela também através do fazer. Por exemplo, quem gosta de música provavelmente deseja aprender a tocar um instrumento e compor; quem gosta de cinema fica tentado a escrever roteiros e filmar coisas etc. Digo que isso é um mal porque às vezes a gente pode não ter talento pra coisa e acaba se frustrando e/ou passando vergonha na frente dos outros. Mas não tem jeito de descobrir isso sem fazer… Esse é o meu caso com os podcasts. Tenho escutado muitos e muitos programas e os que eu mais gosto são podcasts como Radiolab, 99% Invisible, Atrás do Front e os episódios sobre história e ciência do Nerdcast. Quer dizer, me interesso por podcasts que tem um foco mais filosófico e reflexivo e quero – sem a menor pretensão de fazer algo tão elaborado e produzido como esses podcasts que eu citei – arriscar um pouco da minha reputação fazendo um podcast sobre filosofia. Isso é o que eu tento fazer com o Ficções, sendo o episódio zero aí emb