Sinopse
Uma vez por semana, os temas que marcam a actualidade científica são aqui descodificados.
Episódios
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3/6 "Europa afirma-se potência espacial após os efeitos da guerra na Ucrânia”
22/07/2025 Duração: 05minCinquenta anos depois da criação da Agência Espacial Europeia, o velho continente continua sem autonomia no corpo de astronautas e a presença na Estação Espacial Internacional ainda é assegurada pelos Estados Unidos. Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, considera que apesar dos desafios existentes, a Europa começa a afirmar-se como potência espacial, sobretudo após os efeitos da guerra na Ucrânia. Na corrida ao espaço, apenas os mais fortes conseguem lançar, operar e manter a presença. Nesta lista surgem as tradicionais potências espaciais: Estados Unidos, China, Rússia e a Índia , com o Brasil, Israel e a França a serem considerados nações espaciais, depois surgem os Estados emergentes, explica Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa. “Os Estados classificam-se como potências espaciais - space powers. Temos os Estados Unidos, a China, a Rússia - que caminha agora para uma vertente mais militar do seu programa espacial - e a Índia, que está a afirmar-se cada vez mais com
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Lixo espacial: Da ecologia espacial à soberania e segurança internacional
15/07/2025 Duração: 07minO lixo espacial deixou de ser apenas um problema técnico e transformou-se numa questão de soberania e segurança internacional. Quem o diz é Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, numa entrevista à RFI realizada em Santa Maria, nos Açores, onde alertou também para os riscos associados à proliferação de satélites e detritos no espaço. Mais do que uma preocupação ambiental, o tema do lixo espacial é hoje tratado como uma necessidade operacional para garantir o funcionamento seguro dos sistemas em órbita. A proliferação de satélites levanta questões geopolíticas, militares e de cibersegurança que ultrapassam a simples gestão de tráfego espacial. Hoje o lixo espacial não é olhado de uma forma de preocupação genuinamente ambiental, a tal chamada ecologia espacial, é mais uma questão de necessidade. Ou seja, tenho que ter isto limpo para ter condições de operação, caso contrário tenho problemas de operação. Levanta-se a questão das ameaças e daquilo que é a soberania. A faixa entre os 500 e os 1
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1/6 “ESA dá um passo estratégico ao alargar o âmbito para aplicações de segurança”
01/07/2025 Duração: 06minA agência Espacial Europeia-ESA- assinala este ano 50 anos de existência. Desde a sua criação, a ESA uniu países europeus que partilhavam, em comum, a visão de explorar o espaço como um avanço conjunto para o conhecimento e o progresso, tornando-se um dos pilares da autonomia estratégica da Europa. Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa recorda que a ESA nasceu, inicialmente, com uma vertente científica, mas “em 2023, a ESA deu um passo estratégico ao alargar o seu âmbito para aplicações práticas e de segurança”. A Agência Espacial Europeia – ESA- nasceu há 50 anos, numa tentativa de unir esforços dos europeus, que não tinham capacidade para ter um programa espacial, face à corrida espacial EUA–URSS. Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa refere que a ESA nasceu, inicialmente, com uma vertente científica, sublinhando que Portugal só integra esta corrida 25 anos mais tarde. “Estamos nisto há 25 anos, Falta-nos aqui uma história de 25 anos. Mas essa história dos 25 anos foi
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Parque Nacional de Maputo elegível ao estatuto de Património Mundial da UNESCO
24/06/2025 Duração: 18minDentro de alguns dias, de 6 a 16 de Julho, a UNESCO realiza aqui em Paris a sua 47.ª sessão, no âmbito da qual vai examinar as candidaturas ao estatuto de Património Mundial da Humanidade de cinco áreas naturais espalhadas pelo mundo fora, duas das quais situadas na África Lusófona, ou seja os Ecossistemas Costeiros e Marinhos do Arquipélago dos Bijagós da Guiné-Bissau, e o Parque Nacional de Maputo, uma reserva natural situada a cerca de 80 quilómetros a sul da capital de Moçambique. A RFI esteve recentemente nesta reserva natural considerada como sendo um dos 14 sítios mais importantes do mundo em termos de biodiversidade. Com uma superfície de um pouco mais de 1.700 quilómetros quadrados, este parque resulta da reunião em 2021 de duas áreas protegidas contíguas, a Reserva Especial de Maputo e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro. A sua história é contudo mais antiga e remonta a 1932, quando a zona era uma área de caça antes de a sua biodiversidade passar a ser oficialmente valorizada e reconhecida em