Sinopse
Um dia por semana, veja aqui os nossos destaques no mundo da cultura e das artes.
Episódios
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Avignon: 32 artistas em residência no laboratório Transmissão Impossível
14/07/2025 Duração: 09minNo Festival de Avignon, 32 artistas emergentes, entre eles, Alice Azevedo, Mai-Júli Machado e Romain Beltrão, reúnem-se sob direcção da coreógrafa francesa Mathilde Monnier para experimentar a arte de transmitir. A residência Transmission Impossible junta ao festival um laboratório de pensamento em movimento, onde os gestos, os silêncios e os corpos se tornam linguagem partilhada. Na 79ª do Festival de Avignon, há uma vivenda criativa onde, durante dez dias, 32 jovens artistas franceses e internacionais partilham uma pergunta: Como se transmite o efémero dos espectáculos vivos? A residência artística Transmission Impossible, dirigida por Mathilde Monnier, transforma-se num lugar de escuta e reflexão, onde os gestos, os idiomas e até o silêncio ganham outra forma. “É uma oportunidade muito grande para mim estar aqui, num espaço onde os projectos ainda procuram forma”, começa por dizer a coreógrafa e investigadora moçambicana Mai-Júli Machado, que vive em Paris. “Aqui é ainda mais interessante porque não são
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Coin Operated: A moeda, o corpo e o animal em cena
11/07/2025 Duração: 11minNo Festival de Avignon, Jonas & Lander apresentam Coin Operated, uma performance-instalação onde o público acciona o espetáculo com uma moeda. Entre o absurdo e a crítica feroz, o duo explora a coisificação do corpo e a exploração animal, fundindo o gesto com a obediência paga. Um espectáculo que reflecte sobre poder, responsabilidade e a mecânica do entretenimento moderno. Jonas Lopes e Lander Patrick aparecem montados em dois cavalos: imóveis, cómicos e perturbadores. Jonas e Lander, dupla portuguesa de performance contemporânea, apresentam Coin Operated no Festival de Avignon, sob indicação da artista cúmplice deste ano, a coreógrafa Marlène Monteiro Freitas. O palco é instalação e o público é operador. Com um gesto, uma moeda e um clique, tudo começa. “Esta ideia nasceu de um convite da BoCA Bienal, pelo John Romão, para o Museu dos Coches”, conta Jonas Lopes. “Estávamos a ver um episódio de Family Guy e o bebé compra uma série de cavalinhos operados a moeda. Aquilo ficou connosco”. E o cavalo, aus
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"O meu corpo é resistência”: Solo da bailarina moçambicana Mariana Tembe marca Avignon
09/07/2025 Duração: 10minA bailarina moçambicana, Mariana Tembe sobe ao palco no Pátio de Honra do Palácio dos Papas, no Festival de Avignon, no espectáculo NÔT, de Marlène Monteiro Freitas. Um corpo em libertação, que dança a coragem, a sobrevivência e a luta de muitas mulheres. Uma presença forte num espetáculo onde o gesto fala mais alto que as palavras. Na sua 78.ª edição, o Festival de Avignon, abriu com um espetáculo sem palavras, mas com todos os sentidos expostos. NÔT é a mais recente criação da coreógrafa cabo-verdiana Marlène Monteiro Freitas, foi apresentado no Palácio dos Papas, cenário privilegiado onde a dança se transforma em ritual. Em palco, oito intérpretes contam, com o corpo, uma versão desordenada e hipnótica das Mil e Uma Noites. Entre eles, destaca-se uma figura pela força e contenção do seu gesto: a bailarina moçambicana Mariana Tembe. Com um solo que ocupa o espaço como um murmúrio que cresce até se tornar clamor, a bailarina oferece ao público francês, e ao olhar atento da crítica internacional, uma performa