Carol Tilkian - CBN Amores Possíveis

Com a percepção de que cinco fotos e uma frase já não são suficientes, alguns solteiros estão apostando em redações de até 2 mil palavras para procurar um novo pretendente. No CBN Amores Possíveis, Carol Tilkian fala sobre os 'Date-me Docs', que têm se tornado tendência pelo mundo. Mas, ela alerta: 'É uma grande loucura egocêntrica disfarçada de tentativa de profundidade'.

Em 'Amores Possíveis', Carol Tilkian fala sobre a importância do choro para alívio do estresse e das emoções negativas. Ela menciona a terapia do choro e outras práticas para fazer com que o choro seja mais possível. Ouça e entenda.

Carol Tilkian explica que o amor romântico remonta a um ideal posto em meados dos anos 1940 pela indústria de Hollywood. 'É uma construção social', pontua a comentarista. 'O romantismo tem a ver com pequenas gentileza, delicadezas, presença', afirmou. Carol destaca que pelo amor romântico as relações amorosas têm se deteriorado e demonstrada dados: em menos de 20 anos, os divórcios aumentaram 196%.

Carol Tilkian reflete sobre como as pessoas têm usado a tecnologia para não lidar com a realidade das relações. Ela destaca que esses instrumentos são sintomáticos quanto ao narcisismo individual e como eles deixam as conexões mais superficiais. A consequência é não termos habilidade para o 'enfrentamento saudável'. 'Se eu quero uma pessoa que atenda às minhas expectativas, como eu lido com as incoerências do outro?, questionou.

Carol Tilkian reflete sobre o tempo de maturidade das relações amorosas. Em um mundo essencialmente imediatista e tecnológico, a comentarista aponta que as pessoas esperam respostas rápidas no amor. 'A gente precisa sustentar as oscilações', alertou. Carol fala ainda sobre a 'incompetência inconsciente', em que se criam critérios prévios baseados em relacionamentos anteriores: 'cada relação é uma curva que começa do zero'.

Baseada em um estudo de Harvard, Carol Tilkian comenta sobre como os vínculos de amizade são essenciais para ter saúde, além de ajudarem no manejo do estresse. A comentarista também traz o conceito de 'frientimacy', que busca formas de construir intimidade na amizade, e dá três pilares que precisam ser trabalhados.

'Em tempos onde a gente têm outros acordos de relação, porque a gente normaliza a traição e não repensa o acordo da relação?', questiona Carol Tilkian. A comentarista contextualiza a tendência das pessoas traídas a se culparem pela situação e aponta que o desejo não se encerra no parceiro(a). 'Quando a gente entender que o amor vai conviver com o desejo do outro, vamos ter uma conversa mais madura', pontuou.

Carol Tilkian reflete sobre interações sem pauta, pesquisa ou controle do outro, para que laços afetivos sejam possíveis. A comentarista destaca o papel da tecnologia, que fez com que estejamos cada vez menos presentes nas relações e mais distantes do ao vivo por medo de constrangimento. 'A boa relação talvez venha de uma escuta ativa, de um assunto inesperado e de um silêncio que se sustenta sem pegar o celular', afirma.

'Hoje o convite é para gente transformar o Dia dos Namorados no Dia do Amor, e ressignificar esse amor', anuncia Carol Tilkian. A comentarista reflete sobre a ideia comercial da data, que afastou a manutenção diária das relações. Ela destaca que devemos ritualizar ações simples e constantes de afeto com o parceiro(a). 'A gente está mais envolto nesse "amor romântico" do que no romantismo', alertou.

Com a chegada do mês de junho e do dia dos namorados, também surgem os questionamentos com relação à vida amorosa. Carol Tilkian explica como a sensação de 'travamento' no amor tem a ver com autossabotagem, mas principalmente com labirintos emocionais. A comentarista pontua quais são as possíveis travas, além de caminhos para achar a saída. 'Sensação de amor travado é como se todo movimento que a gente fizesse fosse carregado por essa dor', afirma.

Carol Tilkian explica como a autossabotagem se expressa nas relações, mesmo quando passa despercebida. A comentarista destaca 15 comportamentos que nos fazem puxar o próprio tapete na vida amorosa, desde a bolha do silêncio até a autonegligência, além de formas de romper com a insegurança.

Carol Tilkian explica o conceito de laços fracos, do sociólogo Mark Granovetter. Apesar de parecer ser algo instável, esse comportamento pode ser benéfico para criar redes de contato e expandir nossa visão social. 'Temos medo de perder tempo com laços fracos, mas perdemos oportunidades', afirma.